No final da Era Terciária houve a extinção dos dinossauros. Agora a cena mudou; num átimo, já superamos mais cinquenta milhões de anos, para irmos parar no início da Época Quartenária, quando a terra, após longas transformações, assumira, já, um aspecto muito semelhante ao atual, e as grandes geleiras desciam, como imensos rios, das montanhas europeias.
À cerca de 3,2 milhões de anos, habitava a região do deserto de Afar, na África Oriental, uma espécie de hominídeo - ancestral do homem moderno - que era bípede e usava os longos braços para colher sementes, nozes, frutas e capturar insetos. Vivia em pequenos bandos e ocupava ambientes variados, de savanas a florestas.
Estima-se que os primeiros hominídeos surgiram há mais de 5 milhões de anos. Foram os pioneiros do gênero a trocar a vida nas árvores pelo chão e andar sobre duas pernas, deixando as mãos livres para outras funções.
Robert Ardrey, em African Genesis escreveu: "O homem não é nem o produto de um fim de raça, nem um bastardo. Sua linhagem é natural e legítima. Suas raízes atingem um mundo animal cuja marca ele guarda para sempre".
A separação entre o ancestral do homem e o ancestral do macaco fez-se bem mais cedo do que haviam acreditado Darwin e os sábios do século XIX, e do que imaginavam certos sábios, há alguns anos. Em Origine et Destinée de l'Homme, (Masson, 1973). o professor Jean Piveteau escreve: "A paleontologia ensina-nos que os diversos tipos de macacos atuais são muito antigos e que a independência de cada um dos grupos a que pertencem foi adquirida muito cedo, certamente desde o período oligoceno, isto é, há cerca de 50 milhões de anos. Não poderia ter sido diferente com a linhagem dos hominídeos que, nesta mesma época, já devia seguir sua própria linha evolutiva".
O ancestral comum dos homens e dos macacos devia, sem dúvida, ter inúmeros pontos em comum com os chipanzés, os animais mais próximos do homem. Vários cromossomos do homem, que possui 46, são semelhantes aos do chipanzé, que possui 48. Os biólogos puderam, então, dizer que o homem só difere 2,5% do chipanzé e 10% dos outros macacos, comparando a estrutura de seu DNA, o ácido desoxirribonucleico que constitui o núcleo celular, a cromatina e os cromossomos.
Em Emergence de l'Homme (Denoel, 1972), John E Pfeiffer, descreve este animal que era nosso ancestral : "Os hominídeos de cerca de 25 milhões de anos atrás eram pequenos seres peludos, simiescos, consideravelmente inferiores aos homens, mas um pouco superiores aos macacos. Provavelmente, usavam artefatos, tais como bastões para cavar a terra e clavas, e andavam de pé grande parte do tempo, carregando seus artefatos .... . Sua evolução foi lenta e durante muito tempo eles permaneceram pequenos caçadores. Seus primeiros acampamentos conhecidos remontam a dois ou três milhões de anos.".
Desenvolveram-se várias raças de hominídeos. Algumas extinguiram-se nos "becos sem saída da evolução", outras, cada vez mais evoluídas, subsistiram até o aparecimento do Homo sapiens.
Entre esses hominídeos vivia, há 12 milhões de anos, no norte da Índia, o Ramapithecus. Esta criatura conhecida apenas graças a alguns dentes e fragmentos de mandíbula, talvez pertença à linhagem humana. Tinha o andar vagamente antropoide, mas é impossível saber se se mantinha de pé. Em 1910, G. E. Pilgrim, depois, em 1932, G. E. Lewis, da Universidade de Yale, realizaram sua descoberta na região dos montes Siwalik, da Índia do Norte. Alguns anos depois, Louis Leakey exumou um outro espécime bastante semelhante, de uma camada de cinzas vulcânicas datada de 14 milhões de anos, em Fort Ternan, no Quênia. Ele o denominou de Kenyapithecus.
Há cinco ou seis milhões de anos, apareceram na África (se provenientes do Kenyapithecus, não se sabe) os Australopitecos, ancestrais ou parentes do homem. Seus descendentes, ou pelo menos os representantes de uma linhagem próxima, fabricaram, na África, os primeiros artefatos conhecidos, datados de mais de dois milhões de anos.
Há um ou dois milhões de anos, apareceu (sem dúvida também na África) o Homo erectus, que iria espalhar-se por todas as regiões temperada e dar origem ao Homo sapiens, o homem pré histórico que vem evoluindo até hoje.
Na escala evolutiva humana, distinguem-se dois grandes gêneros: O Australopiteco e Homo sapiens, do qual descende o homem moderno. Os primeiros mantinham traços dos símios, como mandíbula grande, testa achatada e cérebro pouco avantajado. Os dentes, pequenos e arredondados, indicam que esses hominídeos alimentavam-se basicamente de frutas e sementes, colhidas com as mãos diretamente das árvores.
Robert Ardrey, em seu African Genesis, resume esta evolução do simiano ao Homo dizendo: Há muito tempo, talvez há milhões de anos, uma linhagem de símios não arborícolas destacou-se do tronco dos primatas pacíficos. Por motivos vitais, a linhagem teve que adotar costumes de animal de rapina; e, por isto, a linhagem evoluiu".
E aquele que vai se tornar o Homo sapiens aprende a se manter de pé, a correr, e encontrar armas. "Mas", acrescenta Ardrey, "o emprego destas armas acarretou novos e múltiplos estímulos ao sistema nervoso para a coordenação dos músculos, do tato e da vista. E foi assim que o cérebro se aperfeiçoou. Surge enfim o homem".
As características simiescas só desapareceram há cerca de 2 milhões de anos, com a evolução do gênero Homo. O primeiro a se destacar foi o Homo habilis, que aprendeu a manipular instrumentos. A fabricação de utensílios representou o primeiro passo tecnológico.
Por volta de 1,7 milhão de anos atrás, uma nova espécie desenvolveu-se no processo evolutivo: o Homo erectus, cuja postura era mais erguida e as mãos mais hábeis do que o Homo habilis. Durante esse estágio, alguns grupos já alcançavam a Europa e a Ásia.
Desde a época dos Australopitecos, a natureza africana era favorável à sobrevivência humana. Não havia necessidade de abrigo ou fogo. Com o aparecimento do gênero Homo, seus integrantes, como o Homo erectus e, posteriormente, o Homo sapiens, ocuparam outros continentes, deparando-se com climas mais severos e menor oferta de alimentos. Nesse momento o homem primitivo mostrou sua capacidade de adaptação a ambientes variados, superando adversidades, entre elas a fome e o frio. Assim, deu sequência à sua evolução até surgir, há cerca de 100 mil anos, o homem moderno, homo sapiens, o único sobrevivente do gênero Homo. Mais inteligente, ele desenvolveu tecnologia para caça e defesa, criou formas de linguagem e aprimorou a vida em sociedade.
O explorador que atualmente rebusque à luz das tochas, nas trevas milenares de uma das cavernas que escancaram suas bocas nos declives das montanhas, o homem que avance hesitante por entre as paredes de rocha, escavadas há séculos, sentirá reflorir dentro de si ecos de desconhecidos pavores, pensará estar caminhando num mundo distintíssimo do nosso, em que nada mudou no decorrer dos anos; o vento gélido que sobe as escuras profundidades da terra, e que faz tremeluzir suas tochas, parece remontar às noites das eras primitivas e trazer-lhe, viva e palpitante, uma remotíssima e já esquecida realidade.
O explorador que atualmente rebusque à luz das tochas, nas trevas milenares de uma das cavernas que escancaram suas bocas nos declives das montanhas, o homem que avance hesitante por entre as paredes de rocha, escavadas há séculos, sentirá reflorir dentro de si ecos de desconhecidos pavores, pensará estar caminhando num mundo distintíssimo do nosso, em que nada mudou no decorrer dos anos; o vento gélido que sobe as escuras profundidades da terra, e que faz tremeluzir suas tochas, parece remontar às noites das eras primitivas e trazer-lhe, viva e palpitante, uma remotíssima e já esquecida realidade.
No umbral de uma caverna, percebemos, finalmente, seres novos, nos quais, todavia, dificilmente conseguiremos reconhecer nossos diretos ancestrais; pequenos, desajeitados, com longas barbas, hirsutos, devido às peles de animais que os recobrem, munidos de clavas de madeira e de pedras aguçadas. É a Idade paleolítica, ou a primeira idade da pedra (cerca de 299.000 anos a.C.); enormes ursos, gigantescos felinos, terríveis anfíbios, semelhantes a crocodilos, atormentam continuamente a existência desses primeiros homens, que há pouco tiveram consciência da diferença que os separa dos ferozes brutos que os rodeiam. Milhares de anos de terror e trevas, deverão ainda transcorrer antes que o homem aprenda a polir as pedras de que se serve para caçar, a reunir-se em grupos, sempre mais numerosos, para fazer face a perigos sempre mais presentes; o fogo, o divino elemento caído do céu, é conservado cuidadosamente , nos lares da terra, porque, se se apagar, ninguém mais saberá acendê-lo.
Passam-se milênios; já estamos numa época relativamente próxima de nós, há cerca de 50.000 da nossa, no crepúsculo do período Quartenário. Os esqueletos que encontramos nas cavernas, os restos das "cozinhas" enfumaçadas, os fetos estilhaçados, à guisa de pontas de flechas, são os documentos sobre que reconstruímos a história de nossas raças, do homem Neandertalense (assim chamado por causa do local em que lhe encontraram o crânio), que ainda apresenta, no esqueleto, algumas características simiescas, ao homem Aurignaciano (das cavernas de Aurignac), muito semelhantes a nós nas proporções do corpo e já mentalmente evoluído.
Esplêndidas pinturas, que nada têm a invejar às de hoje, foram encontradas nas cavernas de Altamira (Pirineus) e de Fonte du Gaume; pintadas nas profundas escuridões das grutas, à luz oscilante das tochas, reproduzem ursos, lobos, javalis e bisões, que ainda hoje parecem saltar vivos das rochas, em suas tintas avermelhadas ou cor de ocre, e que testemunham como a arte amenizava a vida do homem, naqueles tempos.
Sempre tivemos uma grande curiosidade para conhecer nossos antepassados; como viveram, como se relacionavam e como conseguiram chegar até hoje.
Quando, alguns anos atrás, um diletante de Espeleologia (estudo das cavidades naturais do solo) penetrou pela primeira vez numa profunda caverna, perto de Altamira, nos Pirineus, acreditou estar sonhando; a luz de sua tocha revelava, na abóboda e nas paredes da rocha, inumeráveis figuras de javalis, lobos, bisões, pintadas com admirável evidência de cores e forma, uma inteira pinacoteca sepultada, havia milênios, na escuridão da montanha.
Foi a primeira revelação da existência de uma cultura do homem paleolítico; análogas descobertas foram encontradas na caverna de Font de Gaume, na França, e em outras, demonstrando que numerosas coletividades, já evoluídas e conscientes, existiam, espalhadas pela Europa, desde há 40 ou 50 mil anos atrás.
São das mesmas épocas os túmulos em sarcófagos, descobertos na "Toca do Dragão", em Engadine, as grafites e as esculturas da caverna chamada "Trois Frères", na França, que testemunham o início de cultos religiosos, dedicados geralmente aos mortos ou aos grandes fenômenos naturais. Com a arte e a religião, o Homem separa-se definitivamente do mundo instintivo e animal que o circunda e inicia sua lentíssima ascensão, rumo às regiões mais elevadas da vida intelectual.
Novos sinais desta atingida maturidade não tardam a surgir. Eis as primeiras em ponta de flecha ou gume de machado (estamos na era neolítica ou da pedra polida), os lares cuidadosamente construídos, e, finalmente, as palafitas.
Ao fundo de lagos esgotados e nos antigos leitos dos rios, ainda se encontram fragmentos de paus chamuscados, imersos profundamente na lama; são alicerces das aldeias palustres, construídas como ilhas, no centro das águas que lhes serviam de acesso e defesa. É evidente a distância que separa o habitante das cavernas das montanhas desse camponês: ele sabe erigir cabanas de troncos, aprendeu a escavar canoas, a forjar e cozer vasos de argila, possui instrumentos que lhe permitem dominar o mundo circundante. Se pensarmos na genial intuição que em primeiro lugar tentou igualar-se à natureza, semeando e adaptando para seus fins as plantas selvagens, devemos admitir que ele, embora na aparência bem diferente de nós, não era menos hábil e previdente do que nossos modernos sábios.
Até o século XVIII, poucas pessoas se interessavam pela idade da Terra, nem ousavam contrariar a tradição cristã de que toda a vida tinha sido criada no ano 4004 a.C., data calculada pelo Arcebispo Ussher. A história da criação, como está na Bíblia, é falsa. Hoje, só muito poucas pessoas a interpretam ao pé da letra. Seus conceitos, simples e peremptórios, são interpretados pela maioria dos cristãos e judeus como símbolos do espírito e da magnitude de Deus. Embora esteja escrito na Bíblia, na verdade, o mundo não foi criado em seis dias, e esse absurdo já não perturba os crentes. À medida que se foram descobrindo fósseis de animais extintos nas camadas mais profundas foi-se tornando evidente que a Terra devia ser muito mais antiga.
Passam-se milênios; já estamos numa época relativamente próxima de nós, há cerca de 50.000 da nossa, no crepúsculo do período Quartenário. Os esqueletos que encontramos nas cavernas, os restos das "cozinhas" enfumaçadas, os fetos estilhaçados, à guisa de pontas de flechas, são os documentos sobre que reconstruímos a história de nossas raças, do homem Neandertalense (assim chamado por causa do local em que lhe encontraram o crânio), que ainda apresenta, no esqueleto, algumas características simiescas, ao homem Aurignaciano (das cavernas de Aurignac), muito semelhantes a nós nas proporções do corpo e já mentalmente evoluído.
Esplêndidas pinturas, que nada têm a invejar às de hoje, foram encontradas nas cavernas de Altamira (Pirineus) e de Fonte du Gaume; pintadas nas profundas escuridões das grutas, à luz oscilante das tochas, reproduzem ursos, lobos, javalis e bisões, que ainda hoje parecem saltar vivos das rochas, em suas tintas avermelhadas ou cor de ocre, e que testemunham como a arte amenizava a vida do homem, naqueles tempos.
Sempre tivemos uma grande curiosidade para conhecer nossos antepassados; como viveram, como se relacionavam e como conseguiram chegar até hoje.
Quando, alguns anos atrás, um diletante de Espeleologia (estudo das cavidades naturais do solo) penetrou pela primeira vez numa profunda caverna, perto de Altamira, nos Pirineus, acreditou estar sonhando; a luz de sua tocha revelava, na abóboda e nas paredes da rocha, inumeráveis figuras de javalis, lobos, bisões, pintadas com admirável evidência de cores e forma, uma inteira pinacoteca sepultada, havia milênios, na escuridão da montanha.
Foi a primeira revelação da existência de uma cultura do homem paleolítico; análogas descobertas foram encontradas na caverna de Font de Gaume, na França, e em outras, demonstrando que numerosas coletividades, já evoluídas e conscientes, existiam, espalhadas pela Europa, desde há 40 ou 50 mil anos atrás.
São das mesmas épocas os túmulos em sarcófagos, descobertos na "Toca do Dragão", em Engadine, as grafites e as esculturas da caverna chamada "Trois Frères", na França, que testemunham o início de cultos religiosos, dedicados geralmente aos mortos ou aos grandes fenômenos naturais. Com a arte e a religião, o Homem separa-se definitivamente do mundo instintivo e animal que o circunda e inicia sua lentíssima ascensão, rumo às regiões mais elevadas da vida intelectual.
Novos sinais desta atingida maturidade não tardam a surgir. Eis as primeiras em ponta de flecha ou gume de machado (estamos na era neolítica ou da pedra polida), os lares cuidadosamente construídos, e, finalmente, as palafitas.
Ao fundo de lagos esgotados e nos antigos leitos dos rios, ainda se encontram fragmentos de paus chamuscados, imersos profundamente na lama; são alicerces das aldeias palustres, construídas como ilhas, no centro das águas que lhes serviam de acesso e defesa. É evidente a distância que separa o habitante das cavernas das montanhas desse camponês: ele sabe erigir cabanas de troncos, aprendeu a escavar canoas, a forjar e cozer vasos de argila, possui instrumentos que lhe permitem dominar o mundo circundante. Se pensarmos na genial intuição que em primeiro lugar tentou igualar-se à natureza, semeando e adaptando para seus fins as plantas selvagens, devemos admitir que ele, embora na aparência bem diferente de nós, não era menos hábil e previdente do que nossos modernos sábios.
Até o século XVIII, poucas pessoas se interessavam pela idade da Terra, nem ousavam contrariar a tradição cristã de que toda a vida tinha sido criada no ano 4004 a.C., data calculada pelo Arcebispo Ussher. A história da criação, como está na Bíblia, é falsa. Hoje, só muito poucas pessoas a interpretam ao pé da letra. Seus conceitos, simples e peremptórios, são interpretados pela maioria dos cristãos e judeus como símbolos do espírito e da magnitude de Deus. Embora esteja escrito na Bíblia, na verdade, o mundo não foi criado em seis dias, e esse absurdo já não perturba os crentes. À medida que se foram descobrindo fósseis de animais extintos nas camadas mais profundas foi-se tornando evidente que a Terra devia ser muito mais antiga.
A teoria da evolução do homem desencadeou uma tempestade de controvérsias na época vitoriana. Muitas pessoas negavam a evidência dos fósseis de seus ancestrais primitivos; outras ridicularizavam-na com anedotas. À medida que os métodos de investigação se foram aperfeiçoando, os descrentes começaram a calar; hoje os métodos de datação mostraram que o homem é bastante mais antigo do que Darwin imaginava. Os estudos de Darwin tinham um foco na evolução de todas as espécies e ele nunca apresentou um fóssil humano. Ele escreveu o livro "Os Ancestrais do Homem", sem um único fóssil de sub-humano para provar sua teoria. Apesar de acreditar na evolução do homem, na época se dispunha de tão poucos fósseis que suas teorias era, forçosamente, de natureza especulativa. A mais importante pesquisa efetuada pelos primeiros investigadores surgiu da tentativa de reconciliar a teoria de Darwin, sobre os ancestrais do homem, com a teoria da "cadeia da vida", que levava ao início da criação.
Fósseis humanos foram encontrados em sítios arqueológicos da Europa e Ásia Ocidental que datam de 700.000 a 14.000 a.C. - O mais antigo (700 mil a 250 mil anos) está associado aos restos duma forma primitiva de Homo Sapiens e o mais recente (35 mil a 14 mil anos) com caraterísticas de seres humanos modernos. Típicos homens de Neandertal foram encontrados em sítios datados de 80.000 a 30.000 anos a.C. Mas não há mais dúvidas de que fósseis com características dos homens de Neandertal remontam a 250.000 anos antes de Cristo.
Uma vez aceita a ideia do desenvolvimento evolutivo do homem, sua origem pode teoricamente ser colocada na origem da própria vida, há mais de dois milhões de anos. No entanto, por questões práticas, o ponto em que se deve começar o estudo das origens do homem é quando começou a haver os primeiros indícios de "humanidade". Hoje está provado cientificamente que o homem levou milhões de anos em formação. A rota dessa evolução está assinalada com desaparecimentos bruscos e novos nascimentos, e ao longo dela surgem de vez em quando vestígios das várias formas. Embora muitos desses vestígios sejam insignificantes, bastam para marcar as faces principais de sua marcha através dos tempos.
Fósseis humanos foram encontrados em sítios arqueológicos da Europa e Ásia Ocidental que datam de 700.000 a 14.000 a.C. - O mais antigo (700 mil a 250 mil anos) está associado aos restos duma forma primitiva de Homo Sapiens e o mais recente (35 mil a 14 mil anos) com caraterísticas de seres humanos modernos. Típicos homens de Neandertal foram encontrados em sítios datados de 80.000 a 30.000 anos a.C. Mas não há mais dúvidas de que fósseis com características dos homens de Neandertal remontam a 250.000 anos antes de Cristo.
Uma vez aceita a ideia do desenvolvimento evolutivo do homem, sua origem pode teoricamente ser colocada na origem da própria vida, há mais de dois milhões de anos. No entanto, por questões práticas, o ponto em que se deve começar o estudo das origens do homem é quando começou a haver os primeiros indícios de "humanidade". Hoje está provado cientificamente que o homem levou milhões de anos em formação. A rota dessa evolução está assinalada com desaparecimentos bruscos e novos nascimentos, e ao longo dela surgem de vez em quando vestígios das várias formas. Embora muitos desses vestígios sejam insignificantes, bastam para marcar as faces principais de sua marcha através dos tempos.
Outros arqueólogos e cientistas afirmam que, na verdade a terra começou a ser habitada cerca de 800 mil a 300 mil anos antes de Cristo, mas esta teoria não tem nenhuma base científica.
Para que a tarefa de estabelecer a antiguidade dos restos encontrados produza resultados confiáveis, atualmente se aplicam dois elementos imprescindíveis: métodos de datação e sistemas de cronologias. Novos métodos científicos de datação foram desenvolvidos mais recentemente. Um desses métodos foi a dendrocronologia, que se baseia na observação dos anéis de crescimento do parênquima das árvores (observados após o corte do tronco), que apresentam variações a cada ano segundo a incidência do clima. Dessa forma, analisando os troncos, tem sido possível reconstruir a sucessão cronológica de vários milênios. Para cada ano não temos apenas um anel , e sim uma classe determinada, fato que pode ser reconhecido em todas as árvores. Dessa maneira é possível obter uma datação correta. Contudo, o método é somente aplicável naquelas zonas onde crescem árvores muito antigas (de longa data) ou então utensílios ou materiais fabricados de madeira.
Outro sistema de cronologia absoluta é aquele que se baseia na análise de sedimentos de materiais de origem glacial. De fato, as águas das torrentes arrastam materiais rochosos que são depositados nos lagos. Assim formam-se estratos anuais conhecidos com o nome de varvito, palavra de origem sueca, está constituído de materiais relativamente toscos, que indicam a fase primaveral da fusão do gelo, e por outros de progressiva fineza e mais argilosos, que pertencem à fase outo-inverno. Assim, a cada ano formam-se varvitos que mudam segundo as condições climáticas. Baseando-se nestas condições, tem sido possível, muitas vezes, correlacionar datas relativas à vida dos homens que se deslocaram, aproveitando as melhores condições climáticas, dede o centro da Europa até o litoral do Mar Báltico.
Entretanto, a maior revolução, quanto às técnicas de datação, aconteceu nos últimos anos e é consequência direta das pesquisas na física nuclear. Os principais métodos são o carbono 14, o potássio-argônio e a termoluminescência.
A datação pelo carbono 14, que mede a desintegração progressiva do material radiativo, foi desenvolvida no fim da década de 40, exercendo uma grande influência na arqueologia pré-histórica. A medição pelo carbono 14 torna possível a datação dos materiais frequentemente encontrados nas jazidas arqueológicas, tais como os ossos, conchas, carvão e restos de plantas. Esta análise se baseia na desintegração radiativa do isótopo de carbono, carbono 14, que os raios cósmicos produzem na atmosfera. O carbono 14 é absorvido por todas as coisas vivas, porém após a morte dos organismos a concentração de carbono 14 começa a diminuir num ritmo gradativo, mas constante, reduzindo-se à metade a cada 5.730 anos. A medição do conteúdo de carbono 14 restante representa o tempo transcorrido após a morte do organismo.
Apesar da método poder ser aplicado em qualquer parte do mundo, possui uma limitação importante: só é possível usá-lo em restos com uma antiguidade inferior a 40 mil anos.
O método do potássio-argônio serve para o estudo de períodos mais antigos. Este método de datação, da mesma forma que o do carbono 14, baseia-se na radioatividade. Devido ao fato de que o período do potássio 40 é muito extenso (1,25 bilhão de anos aproximadamente), é possível empregar este radioisótopo para datar rochas muito antigas medindo sua proporção nas rochas junto com a do cálcio 40 e do orgônio 40, que são o resultado da sua desintegração. Contudo, este método só pode ser aplicado em material vulcânico, sendo de considerável valor no estudo de vestígios e restos na África.
A termoluminescência permite datar os utensílios de argila. O método baseia-se no baixo nível de radioatividade no interior da cerâmica. Ao transcorrer o tempo, esta radioatividade libera elétrons que ainda permanecem presos na argila até a mesma ser aquecida. Quando isto ocorre, os elétrons são liberados na forma de luz. Se o objeto é aquecido novamente no laboratório e é medida a quantidade de luz emitida, pode-se determinar o tempo transcorrido desde que a peça foi cozida.
Em conjunto, todos estes métodos têm fornecido a estrutura para o desenvolvimento da arqueologia mundial. Através da elaboração de uma cronologia detalhada, que se inicia no presente e retrocede até os primeiros utensílios de pedra de 2,5 milhões de anos de antiguidade, os arqueólogos foram capazes de desenhar o avanço progressivo do desenvolvimento humano.
Recentemente, no século XX, tem-se podido determinar a antiguidade real das jazidas arqueológicas e artefatos pré-históricos, alcançando hoje uma margem de erro mínima.
Uma das primeiras aproximações à datação do passado está constituída pelo sistema conhecido como as "Três Idades", segundo a qual os utensílios de pedra foram substituídos pelos de bronze e estes, pelos de ferro. Antigos escritos chineses e romanos referiam-se ainda, naquela época, aos tempos passados empregando esta classificação. A partir do século XIX adquiriu também importância o uso da estratigrafia, isto é, o estudo da sequência cronológica que se baseia na acumulação de depósitos. Dessa forma, as jazidas com grande acumulação de camadas, como por exemplo jazidas Tell ou covas, podem mostrar, em certas ocasiões, uma longa sucessão de mudanças culturais e tecnológicas ocorridas ao longo de muitos séculos ou milênios. Porém, para estabelecer datas absolutas, comente continuou sendo possível a partir dos registros ou inscrições de caráter histórico disponíveis, ou então quando uma jazida ou estratos continha restos provenientes de uma civilização histórica de data conhecida.
A medição de carbono torna possível a datação dos materiais frequentemente encontrados nas jazidas arqueológicas, tais como os ossos, conchas, carvão e restos de plantas. Esta análise se baseia na desintegração radiativa do isótopo de carbono (carbono 14), que os raios cósmicos produzem na atmosfera.
Fósseis do Procônsul, o representante mais antigo dos hominídeos, foram encontrados em depósitos africanos do Mioceno Inferior com 22 milhões de anos de antiguidade, se bem que a sua origem é, provavelmente, bastante anterior, entre 25 e 28 milhões de anos. Fora da África não se tem encontrado hominídios anteriores ao Mioceno Médio, isto é, de 13 milhões de anos. Os restos mais antigos foram encontrados na Anatólia e Paquistão, os quais estão muito vinculados com o orangotango. Os humanos estão relacionados com os grandes macacos africanos, com os quais compartilharam o último antepassado comum, há, talvez, uns 5 ou 8 milhões de anos.
A primeira evidência concreta da existência da espécie humana foi chama-se Lucy. Assim denominado um esqueleto fossilizado quase completo encontrado em Afar, na Etiópia, e que, de acordo com estudos realizados, viveu há 3 milhões de anos. Mas não devemos esquecer, contudo, que a evolução da história humana é uma longa e complexa sucessão de fatos que compreende aproximadamente 8 milhões de anos. História essa que é obscura e incerta por longos períodos. Isto porque os elementos disponíveis para reconstruí-la são escassos e fragmentados. Existem apenas alguns fósseis humanos dispersos descobertos por arqueólogos em lugares que geralmente estão longe e afastados uns dos outros. A presença na África dos parentes mais próximos do homem, tais como o gorila e o chipanzé, sugere, entretanto, que é nas matas tropicais desse continente onde devemos buscar as origens da nossa espécie. De fato, os restos humanos mais antigos descobertos até hoje vieram dali.
A primeira evidência concreta da existência da espécie humana foi chama-se Lucy. Assim denominado um esqueleto fossilizado quase completo encontrado em Afar, na Etiópia, e que, de acordo com estudos realizados, viveu há 3 milhões de anos. Mas não devemos esquecer, contudo, que a evolução da história humana é uma longa e complexa sucessão de fatos que compreende aproximadamente 8 milhões de anos. História essa que é obscura e incerta por longos períodos. Isto porque os elementos disponíveis para reconstruí-la são escassos e fragmentados. Existem apenas alguns fósseis humanos dispersos descobertos por arqueólogos em lugares que geralmente estão longe e afastados uns dos outros. A presença na África dos parentes mais próximos do homem, tais como o gorila e o chipanzé, sugere, entretanto, que é nas matas tropicais desse continente onde devemos buscar as origens da nossa espécie. De fato, os restos humanos mais antigos descobertos até hoje vieram dali.
Pode-se concluir, portanto, que a prodigiosa e dramática divergência evolutiva - que levou a espécie humana por um lado e os macacos para outro - aconteceu neste região cerca de 5 ou 8 milhões de anos. Porém, mesmo com a constante e quase obsessiva pesquisa realizada pelo homem para decifrar as suas origens, ainda se sabe muito pouco desse período, especialmente daquele enigmático primeiro fato que detonou a origem da espécie humana. Mesmo assim, estima-se que há aproximadamente 4 milhões de anos os mais antigos antepassados do homem encontravam-se definitivamente estabelecidos na superfície terrestre. Os primeiros vestígios sobre o homem permitem observar diferenças notáveis quando comparado com seus ancestrais, os macacos (uma determinada espécie de macaco). Enquanto estes movimentavam-se utilizando braços e pernas, ou, geralmente, deslizando de árvore em árvore, os primeiros esqueletos humanos conhecidos mostram marcantes diferenças na pelve, coluna vertebral, nos quadris e nos dedos dos pés, o que possibilitou adotarem a posição vertical.
Desa forma, o fator determinante da evolução da espécie humana primitiva foi a reestruturação da anatomia, que permitiu a posição erguida (bi-pedação). Comprovou-se em Laetolil, Tanzânia Setentrional, que esta adaptação fundamental já se havia desenvolvido na África há 4 milhões de anos, após ter sido descoberta, em 1978, a existência de pegadas que conservavam traços inconfundíveis do pé humano. Estas pegadas fossilizadas de dois adultos, que mediam 1,1 a 1,4 metro de altura, cada um com peso de 27 quilos., e de uma criança, datam de aproximadamente 3,7 milhões de anos. As pegadas indicam que os três caminhavam juntos, provavelmente segurando-se nas mãos. Os rastros estendem-se por uma extensão aproximada de 30 metros e foram preservados até hoje graças à proteção das cinzas vulcânicas. Conservação semelhante à que ocorreu em Pompéia.
Nos depósitos de fósseis do desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia, foram descobertos os primeiros exemplares do Australopitecos boisel e do Homo hábilis, e numerosas concentrações de restos hominídeos, ossos de animais e utensílios de pedra. As primeiras ferramentas reconhecíveis como tais são pedras trabalhadas rusticamente.
As consequências desse processo de bi-pedação foram enormes para o ser humano; libertou suas mãos, com as quais conseguiu realizar novas tarefas, tais como: carregar materiais, manipular objetos e, eventualmente, construir outros novos. Da mesma forma, o queixo, agora desnecessário para buscar e agarrar a comida, tornou-se menos saliente. Também a cavidade craniana incrementou-se e mudou de forma. As capacidade humanas, a forma de caminhar verticalmente e a expansão das habilidades intelectuais teriam contribuído significativamente á adaptação e ao êxito da espécie humana.
A maior parte dos fósseis com 3 a 4 milhões de anos de antiguidade são fragmentados, e a sua transcendência seria difícil de interpretar se não fosse pela descoberta do esqueleto humano que recebeu o nome de Lucy. Este esqueleto pertenceu a uma fêmea adulta do tipo baixa e robusta. Ele trouxe à luz uma nova ideia sobre os seres humanos daquela época: eles eram bípedes, claramente adaptados para locomover-se de forma ereta, e seus dentes mostram algumas características humanas, embora ainda tivessem muitos traços similares aos macacos. Esta combinação de traços humanos e de macacos localiza Lucy dentro do grupo dos hominídeos conhecidos como australopitecos ou macacos do sul. Os australopitecos existiram na África no período entre 4 milhões e 1,7 milhão de anos, sendo que atualmente são reconhecidos quatro espécies, cuja classificação se baseia na variação das características mais detalhadas de seus crânios e dentes. Lucy pertence a uma das espécies mais antigas conhecidas, o Australopithecus afarensis, que viveu entre 4 e 3,2 milhões de anos a.C. Seu esqueleto de constituição leve (graciosa) e seu esqueleto pequeno são semelhantes ao Australopithecus africanus, (por volta de 3 e 2 milhões de anos a.C.), descoberto nas jazidas das cavernas africanas, porém, este último tem rosto mais robusto, inclinado para frente e dentes molares maiores. O rosto do Australopithecus robustus (encontrado entre 2 milhões e 1 milhão de anos a.C.) é diferente; possui um perfil côncavo, mandíbulas fortes e rugas na testa, uma crista óssea no extremo superior do crânio, junto com músculos fortes e um cérebro maior que os dos australopitecos, incluindo o Australopithecus boisei (entre 2,7 milhões e 1,7 milhão de anos a.C.), uma espécie igualmente robusta descoberta na África Oriental. Uma comparação detalhada das espécies mostra que existe uma clara ligação entre elas, e é possível que o Australopithecus afarensis seja um antepassado comum tanto do Australopithecus africanus gracioso como o de formas robustas. No entanto, não se sabe se alguns desses caminhantes eretos com cérebros pequenos pertencem à linha evolutiva que conduz até os humanos modernos.
A maior parte dos fósseis com 3 a 4 milhões de anos de antiguidade são fragmentados, e a sua transcendência seria difícil de interpretar se não fosse pela descoberta do esqueleto humano que recebeu o nome de Lucy. Este esqueleto pertenceu a uma fêmea adulta do tipo baixa e robusta. Ele trouxe à luz uma nova ideia sobre os seres humanos daquela época: eles eram bípedes, claramente adaptados para locomover-se de forma ereta, e seus dentes mostram algumas características humanas, embora ainda tivessem muitos traços similares aos macacos. Esta combinação de traços humanos e de macacos localiza Lucy dentro do grupo dos hominídeos conhecidos como australopitecos ou macacos do sul. Os australopitecos existiram na África no período entre 4 milhões e 1,7 milhão de anos, sendo que atualmente são reconhecidos quatro espécies, cuja classificação se baseia na variação das características mais detalhadas de seus crânios e dentes. Lucy pertence a uma das espécies mais antigas conhecidas, o Australopithecus afarensis, que viveu entre 4 e 3,2 milhões de anos a.C. Seu esqueleto de constituição leve (graciosa) e seu esqueleto pequeno são semelhantes ao Australopithecus africanus, (por volta de 3 e 2 milhões de anos a.C.), descoberto nas jazidas das cavernas africanas, porém, este último tem rosto mais robusto, inclinado para frente e dentes molares maiores. O rosto do Australopithecus robustus (encontrado entre 2 milhões e 1 milhão de anos a.C.) é diferente; possui um perfil côncavo, mandíbulas fortes e rugas na testa, uma crista óssea no extremo superior do crânio, junto com músculos fortes e um cérebro maior que os dos australopitecos, incluindo o Australopithecus boisei (entre 2,7 milhões e 1,7 milhão de anos a.C.), uma espécie igualmente robusta descoberta na África Oriental. Uma comparação detalhada das espécies mostra que existe uma clara ligação entre elas, e é possível que o Australopithecus afarensis seja um antepassado comum tanto do Australopithecus africanus gracioso como o de formas robustas. No entanto, não se sabe se alguns desses caminhantes eretos com cérebros pequenos pertencem à linha evolutiva que conduz até os humanos modernos.
Os humanos, no reino animal, sempre foram os que mais se relacionaram com os grandes símios (chipanzés e gorilas), com a mesma estrutura anatômica básica e constituição genética similar. Tais semelhanças foram herdadas de um ancestral comum, que viveu, segundo cálculos baseados em provas fósseis e pesquisa molecular, há cerca de 10 milhões de anos.
Estimulados por mudanças ambientais e outros fatores desconhecidos, símios e seres humanos seguiram caminhos evolutivos diferentes entre 5 e 8 milhões de anos atrás. Através dos tempos, algumas características do ancestral comum foram mantidas e outras mudaram para produzir a espécie de hoje domina o mundo todo.
Os fósseis conhecidos de maior antiguidade e que recebem o nome de Homo remontam a uns 2,5 milhões de anos. Os primeiros foram encontrados nas jazidas de Olduvai, na Tanzânia. O fóssil Mono habilis se distinguia pelo seu cérebro maior, um crânio mais arredondado e um rosto perfeitamente humano. A partir desta descoberta, outros restos achados na África Oriental e Meridional, incluindo um crânio bem conservado de Koobi Fora (Quênia), têm sido atribuídos a esta espécie. Esses fósseis mostram uma grande variação no que se refere a características detalhadas, porém, em geral os crânios , os quadris e as pernas mostram diferentes evidências quando comparados com os os australopitecos. No caso dos esqueletos do Homo, a estrutura da articulação da pelve e dos quadris é muito parecidas com a do homem moderno, enquanto no Australopithecus afarensis e no Australopithecus africanus, o extremo superior do fêmur é mais comprido, de forma que o peso do corpo e as forças geradas sobre as articulações - pelo fato de andarem erguidos - distribuíram-se de maneira distinta.
Os fósseis conhecidos de maior antiguidade e que recebem o nome de Homo remontam a uns 2,5 milhões de anos. Os primeiros foram encontrados nas jazidas de Olduvai, na Tanzânia. O fóssil Mono habilis se distinguia pelo seu cérebro maior, um crânio mais arredondado e um rosto perfeitamente humano. A partir desta descoberta, outros restos achados na África Oriental e Meridional, incluindo um crânio bem conservado de Koobi Fora (Quênia), têm sido atribuídos a esta espécie. Esses fósseis mostram uma grande variação no que se refere a características detalhadas, porém, em geral os crânios , os quadris e as pernas mostram diferentes evidências quando comparados com os os australopitecos. No caso dos esqueletos do Homo, a estrutura da articulação da pelve e dos quadris é muito parecidas com a do homem moderno, enquanto no Australopithecus afarensis e no Australopithecus africanus, o extremo superior do fêmur é mais comprido, de forma que o peso do corpo e as forças geradas sobre as articulações - pelo fato de andarem erguidos - distribuíram-se de maneira distinta.
É possível que, devido a isso, os australopitecos sejam bípedes, mais eficientes que os humanos atuais, porém, as adaptações observadas na pelve do Homo habilis foram essenciais para permitir o nascimento de crianças com um cérebro maior.
Alguns cientistas acreditam que as novas características encontradas no Homo habilis puderam ter se desenvolvido a partir do Homo afarensis, de forma direta, ou através do Australopithecus africanus, enquanto outros entendem que as diferenças indicam duas linhas evolutivas divergentes, uma que leva até os australopitecos e a outra que chega até o Homo, todas as duas vindas de um antepassado comum. A ciência e arqueologia continuam trabalhando e, certamente, novas pistas e conclusões virão.
Contudo, não há dúvida de que os primeiros representantes do Homo mostram uma tendência que leva até as características anatômicas modernas.
- O Pliopithecus
- O Procunsul
- O Dryopithecus
- O Oreopithecus
- O Ramapithecus
- O Australopithecus
- O Paranthropus
- O Australopithecus evoluído
- O Homo Erectus
- O Homo Sapiens Primitivo
- O Homem Solo
- O Homem Rodesiano
- O Homem de Neanderthal
- O Homem de Cro-Magnon
- Homem atual
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