Os primeiros humanos que se estabeleceram fora da Africa pertenciam ao segundo grupo em importância na escala evolutiva: o Homo erectus. Eram criaturas vindas da savana africana. O formato dos dentes e o comprimento do trato digestivo mostram que seguiam dieta mista com sementes e pequenos frutos silvestres. Mas tudo indica que também comiam carne; isso pode ter sido por escassez de outros alimentos e também inspirados pelos hábitos de outros animais que eram, naturalmente, carnívoros. O que fica bem evidente é que este hábito de comer carne cresceu em importância à medida que ferramentas melhores e uma evolução mais robusta os tornou caçadores mais aptos. Dessa forma a terra foi primeiro povoada por seres que praticavam caça e coleta, atividades que surgiram pelo menos desde o desenvolvimento dos primeiros instrumentos de pedra, há cerca de 2,5 milhões de anos.
Embora a dentição não seja suficiente para determinar o tipo de alimentação, as fortes mandíbulas, a maciça musculatura do crânio e os enormes molares do "Parantropus" levam alguns estudiosos a concluir que ele era essencialmente vegetariano. Essa ideia é reforçada pelo fato de que algumas brechas acastanhadas da África do Sul continuam vestígios de Paranthropus que indicam que um clima mais úmido e, por conseguinte, um habitat mais densamente arborizado que o atual, deve ter existido naquela época. Em tais condições (e com a dentição que possuía) parece provável que o Paranthropus se tivesse alimentado principalmente, como alguns antropoides ainda o fazem, de raízes, folhas e nozes de vários tipos e que só uma vez ou outra tivesse caçado pequenos animais. Como qualquer vegetariano faria em tal habitat, ele deve ter podido viver perfeitamente sem qualquer artefato de pedra (embora tais artefatos já existissem nessa época).
Saber quando o homem primitivo começou a comer carne, para o paleoantropólogo, é uma questão de suma importância. Acredita-se que o Australopithecus tenha vivido na região das savanas, primitivamente secas, da África Meridional e oriental; pode, portanto, ter reforçado sua alimentação vegetariana com alguma carne. Uma razão que leva a afirmar isto é que têm sido encontrados ossos de animais quebrados e esmagados nas cavernas, juntamente com espécies de Australopithecus. Seria mesmo ele quem comeu esses animais ou eram ossos deixados pelos animais carnívoros? A última hipótese não é provável, pois a maioria dos grandes felídeos não leva ossos para os covis. Comem só a carne e deixam o resto para os necrófagos. A elevada percentagem de crânios e fêmures faz crer que alguém disputava os restos com esses necrófagos e levava os ossos para certos lugares. O Australopithecus pode por isso ser representado como um competidor das hienas e chacais.
Durante mais de 3 milhões de anos o homem viveu caçando animais selvagens e colhendo frutas, sementes e mel. Esta forma de evolução mais aperfeiçoada, baseava-se na divisão do trabalho, na criatividade e na cooperação. Este estilo de vida ainda persiste entre aqueles povos que ainda hoje vivem da caça e da colheita. Foi estudando estas tribos que os cientistas e paleontólogos tiveram o melhor entendimento sobre os antigos Homo erectus. Também já foram descobertos e estudados outras evidências encontradas nos restos e artefatos do homem primitivo, muitos deles na forma fossilizadas. Também foi possível obter dados a partir dos ossos desmembrados dos animais caçados, das armas e utensílios com que o homem feria, matava animais e tratava a carne, tendões, ossos e peles e, posteriormente, pelas gravuras, esculturas e pinturas de suas cavernas. Pouco a pouco o homem foi desenvolvendo seu cérebro e sua destreza em relação ao uso de armas e ferramentas, chegando ao ponto de caçar grandes animais que alimentavam toda a tribo. O machado feito de pedra é um dos principais instrumentos dessa época. Para fabricação, inteligentemente, utilizavam-se de pedras de quartzo, a obsidiana, o sílex, a quartzita e outros materiais cristalinos e capazes de manterem-se afiados.
Os utensílios mais antigos eram rudimentares e simples, porém adequados para cortar a carne e esmigalhar os alimentos vegetais. Com o Homo erectus surgiram ferramentas maiores, bem elaboradas e diversificadas. Os antropólogos que estudaram o Homo erectus encontraram, em outros jazigos, machados de mão mais versáteis e mais refinados, onde o processo de desprendimento das lascas prosseguia ao redor da pedra para a forma bifacial com uma aresta irregular. Muitos restos indicam que a uns 400 mil anos o Homo erectus, além de utilizar o fogo para cozinha, também organizavam caçadas com perseguição em grupos e coordenação inteligente das táticas necessárias para a captura e sacrifício de grandes animais.
Devido à sua maior capacidade cerebral, estas criaturas desenvolveram uma manufatura de ferramentas, algumas já bem aperfeiçoadas. O costume de utilizar carne na alimentação também foi benéfico pois permitiu maior consumo de proteína animal.
Na África, os esqueletos desta categoria datam de mais de meio milhão de anos; seus descendentes colonizaram parte da Ásia e da Europa a cerca de 500 a 800 mil anos. A principal ferramenta criada pelo Homo erectus foi o machado de mão, o qual permaneceu em uso e tinha várias formas e tamanhos por mais de 1 milhão de anos.
É muito importante lembrar que os hominídeos viveram em zonas equatoriais e subtropicais, estavam adaptados a climas quentes da África e eram incapazes de se transferir para outras zonas mais frias. No entanto, com a descoberta do fogo foi possível a emigração para zonas menos quentes. Portanto, o aparecimento do fogo teve enorme influência, não apenas para o cozimento dos alimentos, mas também para o aquecimento, e isto fez toda a diferença nos novos hábitos de vida. Além disso, o fogo também fornecia alguma proteção contra os predadores. O fogo deu ao homem uma nova e revolucionária forma de dominar o seu ambiente natural. Agora eles já podiam emigrar sem medo para outras zonas do planeta.
Os homens do Paleolítico eram nômades; deslocavam-se de um lugar para outro em busca de alimentos. Alimentavam-se basicamente de Frutos, raízes, ervas, peixes e pequenos animais capturados com a ajuda de armadilhas muito rudimentares.
Com o aperfeiçoamento dos instrumentos como lanças, machados e outros, passaram a caçar animais maiores. Um dos instrumentos, o machado passou a ser utilizado para tudo, desde destrinchar animais até cavar buracos em busca de raízes. Outro instrumento muito importante surgido neste período foi o arpão. Provavelmente foi feito pela primeira vez no sul da França há cerca de 16.000 anos. Era de osso ou de chifres e muito útil na caça, porque o animal puxava a corda presa ao arpão e não conseguia fugir. Ele permitia ao caçador lançar a arma muito mais longe, aumentando bastante a eficiência do homem na caça. mas, o que realmente revolucionou os métodos de caça foram o arco e a flecha, inventados há cerca de 10.000 anos, que tem alcance muito maior do que o arpão. Foi nessa época que o homem primitivo mudou seu hábito familiar. Enquanto os homens se dedicavam à caça, as mulheres cuidavam das crianças e velho, e também, providenciavam outros alimentos.
No Paleolítico nossos antepassados abrigavam-se em cavernas ou em choupanas feitas de galhos e cobertas de folhas. Às vezes usavam tendas rudimentares de pele de animais, armadas na entrada das cavernas.
Uma descoberta muito importante desse período foi o fogo. Segundo os historiadores, teria ocorrido há mais ou menos 500.000 anos, nas terras vulcânicas dos vales da África oriental. Com o tempo os homens devem ter perdido o medo do fogo provocado na natureza por combustão espontânea, por raios ou por vulcões. Então, passaram a utilizá-lo para aquecer-se do frio, iluminar a noite, defender-se dos animais, cozinhar os alimentos e, bem mais tarde, para cozer a argila e fundir metais. Graças à observação das faíscas resultantes do atrito de utensílios de pedra, os homens passaram a fazer fogo atritando duas pedras junto a montes de gravetos e folhas secas.
A utilização do fogo para preparar alimentos, que no início eram colocados diretamente sobre a fogueira ou sobre as brasas, desempenhou um papel importante na transformação física do homem: o fato de a carne cozida ser mais fácil de mastigar do que a crua tornou desnecessárias as mandíbulas potentes e os dentes enormes. Transformou também a relação da espécie humana com seu ambiente natural. A queimada de florestas e pradarias chegou a ser um acontecimento muito frequente, provocando mudanças consideráveis na cobertura vegetal de grandes áreas.
No Neolítico, nossos antepassados aprimoraram os instrumentos de pedra, polindo-os e tornando-os cada vez mais afiados. Passaram a fazer finas lâminas, com poucos centímetros de comprimento, que eram presas a ossos, chifres ou madeira e que serviam como instrumentos de corte. Assim, quando uma lâmina perdia o corte ou se quebrava, podia ser substituída sem ser preciso fazer um novo utensílio completo.
Nessa época o homem aproximou-se do animais. Os lobos eram animais perigosíssimos e atacavam em bando (matilha). Quando o homem passou a viver nas cavernas os lobos aproximaram-se, sempre ameaçadores, mas o homem passou a jogar seus restos de comida para eles e assim surgiu a amizade do animal primitivo do qual descendem todos os cães domésticos de hoje. Aos poucos, os menos ferozes tornaram-se amigos inseparáveis do homem e passaram a ajudá-lo nas caçadas. à noite se recolhiam com seus donos ao redor do fogo para se aquecerem. Muitos animais de grande porte foram extintos graças a essa nova amizade.
O homem desse período já não vivia só da caça, da pesca e da coleta. Passou a semear as terras mais férteis e a aguardar a época das colheitas. Portanto, foi no Neolítico que surgiu a agricultura e o homem passou a morar permanentemente num determinado lugar, ou seja, tornou-se sedentário. Queimava a mata para plantar e, quando a terra já estava exaurida, mudava de local e queimava outra, sempre repetindo este habito.
A agricultura juntou-se a criação de gado. Domesticaram-se também a cabra e o porco selvagem .
Depois da colheita precisavam armazenar as sementes e, assim, passou a modelar vasilhames de argila, que depois eram cozidos no fogo para adquirir resistência.
Já há 25.000 anos, em plena era do gelo, os caçadores faziam figuras de barro dos animais que costumavam caçar. Os primeiros vasos de cerâmica só começaram a ser fabricados cerca de 7.000 anos a.C. quando surgiu a vida sedentária. A cerâmica está relacionada com o crescimento de comunidades fixas, agrupadas em aldeias. estas compunham-se de cabanas rodeadas por uma cerca protetora, ou de construções feitas sobre estacas erguidas nas margens de um rio ou de um lago, hoje conhecidas como palafitas.
Distinguem-se várias culturas primitivas, correspondentes a diversos grupos sociais. Entre as mais importantes estão: 1) a châtelperronense, na França; 2) a aurignacense, na Ásia anterior, Crimeia, Bálcãs e Europa central; 3) a gravittense, na zona pôntica setentrional (sul do mar Negro); a ateriense, na África; 5) a magdaleniana, na África; 5) a magdaleniana, na França. O desenvolvimento dessas culturas esteve entravado pela economia de coleta; inclusive o da magdaleniana, entre todas a mais significativa, por ter aproveitado condições que permitiram a subsistência de um grande número de indivíduos. Mas o crescimento demográfico, nessa e nas demais comunidades, era limitado e por vezes nulo.
O período Neolítico é também chamado de "pedra polida". Uma inovação que praticamente revolucionária surgiu na zona do Mediterrâneo Oriental, na Palestina, Síria, Iraque e Irã cerca de 8.000 anos a.C.
Nas escavações arqueológicas de "Jarmo", no Iraque, foram descobertos grãos de trigo, cuja idade é de aproximadamente 6.000 anos. É que as mulheres de então, ao pesquisarem o solo em busca de alimentos, encontraram sementes silvestres de que se originaram o trigo e a cevada. E descobriram que, plantando-as, obtinham bom alimento. O mesmo se deu depois com a ervilha, a lentilha, o arros, o milho, o inhame, a mandioca, cabaça, etc. Isso se constituiu um enorme avanço na evolução do homem, pois este passou a participar do trabalha na natureza.
A participação ativa, e não mais passiva, do homem em relação ao ambiente desencadeou uma farta produção de víveres e utensílios. Porém ainda não há uma real especialização das funções, a divisão do trabalho ainda se faz, sobretudo, com base no sexo dos indivíduos: as mulheres lavram parcelas da terra, moem, cozinham, fiam, tecem, confeccionam roupas, moldam recipientes de argila, preparam adornos e objetos mágicos; os homens capinam, constroem choças, cuidam do pastoreio, caçam, fabricam armas e ferramentas: machado de pedra, afiado por meio do polimento (que arqueólogos reputam como típico instrumento neolítico), implementos para lavrar o solo, para segar, armazenar colheitas e transforma-las em alimentos; para cavoucar a terra, existia um bastão pontiagudo de madeira, ao qual era acrescentada uma pedra perfurada na ponta; toscas as enxadas, rudes foices e arados são os demais recursos utilizados por esses homens. Portanto, foi dos instrumentos de caça que surgiram as primeiras ferramentas utilizadas na agricultura.
Ao mesmo tempo que o homem descobria a fertilidade do solo, apossava-se da reserva viva e dinâmica representada pelos animais. Os, hoje tão conhecidos, animais domésticos foram domesticados naquela época. Cabras, ovelhas, vacas e cerdos selvagens foram domesticados, pela primeira vez na Ásia anterior e na região mediterrânea, na Europa cisalpina. Posteriormente compôs substâncias e materiais inexistentes na natureza; ao aquecer a argila quebradiça, a mulher primitiva provocou uma mudança química na composição desse material, dando-lhe mais resistência, plasticidade e maleabilidade. Foi dessa descoberta que, posteriormente houve o desenvolvimento da cerâmica e olaria.
Com o desenvolvimento da cultura mista, agricultura e domesticação, o homem não precisava mais abandonar o seu habitat, a não ser esporádica e eventualmente.
O milho, hoje cultivado em grande parte do mundo, é extensivamente utilizado como alimento ou ração animal devido às suas qualidades nutricionais. As evidências científicas identificam sua origem há 7.300 anos, e foi encontrado, pela primeira vez em pequenas ilhas próximas ao litoral no Golfo do México. A planta que se acredita ser ancestral do milho é a teosinte, e estima-se que foi domesticada pela primeira vez há 10 mil anos pelos indígenas mexicanos. Sua forma original (selvagem) tinha apenas de 5 a 10 minúsculos grão na fixados ao sabugo.
Os homens do Paleolítico eram nômades; deslocavam-se de um lugar para outro em busca de alimentos. Alimentavam-se basicamente de Frutos, raízes, ervas, peixes e pequenos animais capturados com a ajuda de armadilhas muito rudimentares.
Com o aperfeiçoamento dos instrumentos como lanças, machados e outros, passaram a caçar animais maiores. Um dos instrumentos, o machado passou a ser utilizado para tudo, desde destrinchar animais até cavar buracos em busca de raízes. Outro instrumento muito importante surgido neste período foi o arpão. Provavelmente foi feito pela primeira vez no sul da França há cerca de 16.000 anos. Era de osso ou de chifres e muito útil na caça, porque o animal puxava a corda presa ao arpão e não conseguia fugir. Ele permitia ao caçador lançar a arma muito mais longe, aumentando bastante a eficiência do homem na caça. mas, o que realmente revolucionou os métodos de caça foram o arco e a flecha, inventados há cerca de 10.000 anos, que tem alcance muito maior do que o arpão. Foi nessa época que o homem primitivo mudou seu hábito familiar. Enquanto os homens se dedicavam à caça, as mulheres cuidavam das crianças e velho, e também, providenciavam outros alimentos.
No Paleolítico nossos antepassados abrigavam-se em cavernas ou em choupanas feitas de galhos e cobertas de folhas. Às vezes usavam tendas rudimentares de pele de animais, armadas na entrada das cavernas.
Uma descoberta muito importante desse período foi o fogo. Segundo os historiadores, teria ocorrido há mais ou menos 500.000 anos, nas terras vulcânicas dos vales da África oriental. Com o tempo os homens devem ter perdido o medo do fogo provocado na natureza por combustão espontânea, por raios ou por vulcões. Então, passaram a utilizá-lo para aquecer-se do frio, iluminar a noite, defender-se dos animais, cozinhar os alimentos e, bem mais tarde, para cozer a argila e fundir metais. Graças à observação das faíscas resultantes do atrito de utensílios de pedra, os homens passaram a fazer fogo atritando duas pedras junto a montes de gravetos e folhas secas.
A utilização do fogo para preparar alimentos, que no início eram colocados diretamente sobre a fogueira ou sobre as brasas, desempenhou um papel importante na transformação física do homem: o fato de a carne cozida ser mais fácil de mastigar do que a crua tornou desnecessárias as mandíbulas potentes e os dentes enormes. Transformou também a relação da espécie humana com seu ambiente natural. A queimada de florestas e pradarias chegou a ser um acontecimento muito frequente, provocando mudanças consideráveis na cobertura vegetal de grandes áreas.
No Neolítico, nossos antepassados aprimoraram os instrumentos de pedra, polindo-os e tornando-os cada vez mais afiados. Passaram a fazer finas lâminas, com poucos centímetros de comprimento, que eram presas a ossos, chifres ou madeira e que serviam como instrumentos de corte. Assim, quando uma lâmina perdia o corte ou se quebrava, podia ser substituída sem ser preciso fazer um novo utensílio completo.
Nessa época o homem aproximou-se do animais. Os lobos eram animais perigosíssimos e atacavam em bando (matilha). Quando o homem passou a viver nas cavernas os lobos aproximaram-se, sempre ameaçadores, mas o homem passou a jogar seus restos de comida para eles e assim surgiu a amizade do animal primitivo do qual descendem todos os cães domésticos de hoje. Aos poucos, os menos ferozes tornaram-se amigos inseparáveis do homem e passaram a ajudá-lo nas caçadas. à noite se recolhiam com seus donos ao redor do fogo para se aquecerem. Muitos animais de grande porte foram extintos graças a essa nova amizade.
O homem desse período já não vivia só da caça, da pesca e da coleta. Passou a semear as terras mais férteis e a aguardar a época das colheitas. Portanto, foi no Neolítico que surgiu a agricultura e o homem passou a morar permanentemente num determinado lugar, ou seja, tornou-se sedentário. Queimava a mata para plantar e, quando a terra já estava exaurida, mudava de local e queimava outra, sempre repetindo este habito.
A agricultura juntou-se a criação de gado. Domesticaram-se também a cabra e o porco selvagem .
Depois da colheita precisavam armazenar as sementes e, assim, passou a modelar vasilhames de argila, que depois eram cozidos no fogo para adquirir resistência.
Já há 25.000 anos, em plena era do gelo, os caçadores faziam figuras de barro dos animais que costumavam caçar. Os primeiros vasos de cerâmica só começaram a ser fabricados cerca de 7.000 anos a.C. quando surgiu a vida sedentária. A cerâmica está relacionada com o crescimento de comunidades fixas, agrupadas em aldeias. estas compunham-se de cabanas rodeadas por uma cerca protetora, ou de construções feitas sobre estacas erguidas nas margens de um rio ou de um lago, hoje conhecidas como palafitas.
Distinguem-se várias culturas primitivas, correspondentes a diversos grupos sociais. Entre as mais importantes estão: 1) a châtelperronense, na França; 2) a aurignacense, na Ásia anterior, Crimeia, Bálcãs e Europa central; 3) a gravittense, na zona pôntica setentrional (sul do mar Negro); a ateriense, na África; 5) a magdaleniana, na África; 5) a magdaleniana, na França. O desenvolvimento dessas culturas esteve entravado pela economia de coleta; inclusive o da magdaleniana, entre todas a mais significativa, por ter aproveitado condições que permitiram a subsistência de um grande número de indivíduos. Mas o crescimento demográfico, nessa e nas demais comunidades, era limitado e por vezes nulo.
O período Neolítico é também chamado de "pedra polida". Uma inovação que praticamente revolucionária surgiu na zona do Mediterrâneo Oriental, na Palestina, Síria, Iraque e Irã cerca de 8.000 anos a.C.
Nas escavações arqueológicas de "Jarmo", no Iraque, foram descobertos grãos de trigo, cuja idade é de aproximadamente 6.000 anos. É que as mulheres de então, ao pesquisarem o solo em busca de alimentos, encontraram sementes silvestres de que se originaram o trigo e a cevada. E descobriram que, plantando-as, obtinham bom alimento. O mesmo se deu depois com a ervilha, a lentilha, o arros, o milho, o inhame, a mandioca, cabaça, etc. Isso se constituiu um enorme avanço na evolução do homem, pois este passou a participar do trabalha na natureza.
A participação ativa, e não mais passiva, do homem em relação ao ambiente desencadeou uma farta produção de víveres e utensílios. Porém ainda não há uma real especialização das funções, a divisão do trabalho ainda se faz, sobretudo, com base no sexo dos indivíduos: as mulheres lavram parcelas da terra, moem, cozinham, fiam, tecem, confeccionam roupas, moldam recipientes de argila, preparam adornos e objetos mágicos; os homens capinam, constroem choças, cuidam do pastoreio, caçam, fabricam armas e ferramentas: machado de pedra, afiado por meio do polimento (que arqueólogos reputam como típico instrumento neolítico), implementos para lavrar o solo, para segar, armazenar colheitas e transforma-las em alimentos; para cavoucar a terra, existia um bastão pontiagudo de madeira, ao qual era acrescentada uma pedra perfurada na ponta; toscas as enxadas, rudes foices e arados são os demais recursos utilizados por esses homens. Portanto, foi dos instrumentos de caça que surgiram as primeiras ferramentas utilizadas na agricultura.
Ao mesmo tempo que o homem descobria a fertilidade do solo, apossava-se da reserva viva e dinâmica representada pelos animais. Os, hoje tão conhecidos, animais domésticos foram domesticados naquela época. Cabras, ovelhas, vacas e cerdos selvagens foram domesticados, pela primeira vez na Ásia anterior e na região mediterrânea, na Europa cisalpina. Posteriormente compôs substâncias e materiais inexistentes na natureza; ao aquecer a argila quebradiça, a mulher primitiva provocou uma mudança química na composição desse material, dando-lhe mais resistência, plasticidade e maleabilidade. Foi dessa descoberta que, posteriormente houve o desenvolvimento da cerâmica e olaria.
Com o desenvolvimento da cultura mista, agricultura e domesticação, o homem não precisava mais abandonar o seu habitat, a não ser esporádica e eventualmente.
O milho, hoje cultivado em grande parte do mundo, é extensivamente utilizado como alimento ou ração animal devido às suas qualidades nutricionais. As evidências científicas identificam sua origem há 7.300 anos, e foi encontrado, pela primeira vez em pequenas ilhas próximas ao litoral no Golfo do México. A planta que se acredita ser ancestral do milho é a teosinte, e estima-se que foi domesticada pela primeira vez há 10 mil anos pelos indígenas mexicanos. Sua forma original (selvagem) tinha apenas de 5 a 10 minúsculos grão na fixados ao sabugo.
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