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A Grande História nos mostra as conexões comerciais, culturais, políticas e industriais que foram de fundamental importância para todos os países no mundo globalizado.
Induzido pelo Ocidente no mundo não ocidental, é notável o exemplo de modernização do Japão e assim criar seu próprio império. O japão chegou a ser tão influente para seus vizinhos como o Ocidente foi para ele.
Este processo começou na década de 1850, quando puseram fim dois séculos de isolamento auto-imposta, durante os quais o feudalismo foi se enfraquecendo gradativamente devido ao desenvolvimento de uma economia monetária e a ação das potências, lideradas pelos estados Unidos, que forçaram o acesso de seu comércio aos portos japoneses. Os "Tratados Desiguais" , assinados sob ameaças em 1858, germinaram reações hostis que contribuíram para abolir, em janeiro de 1868, a casa reinante Tokugawa. Restaurou-se, portanto, o governo imperial direto em nome do imperador Meiji (1867 x 1912).
Estes acontecimentos levaram ao poder novos governantes, homens que pensavam que sua principal tarefa era obter a riqueza e a supremacia do país como um meio para assegurar a independência e a igualdade internacional do Japão. Foram abolidos os domínios feudais (1871) e criado um sistema de prefeituras e uma burocracia centralizada. Na década de 1880, o sistema de contratação e promoção de funcionários, baseado anteriormente em modelos chineses tradicionais introduzidos no século VII, já se assemelhava aos da Europa Continental, especialmente aos da França e da Alemanha. A partir de 1900, contratou-se uma forma crescente de diplomados pelas novas universidades japonesas. Uma nobreza em estilo Ocidental (1884), um governo de gabinete (1885) e uma legislatura bicameral (1889), estabeleceram as bases para a unidade e a estabilidade políticas, sobre as quais se edificou uma moderna estrutura social, econômica e militar. Aboliu-se o privilégio samurai, criou-se um exército baseado no recrutamento (1873) e formou-se uma marinha de guerra equipada com navios modernos. Em 1872 instituiu-se um sistema educacional que em 1900 distribuía conhecimentos a aproximadamente 90% das crianças em idade escolar. Em 1882, introduziram-se os códigos legais inspirados, principalmente, nos modelos da França e da Alemanha (exceto nas áreas tradicionais, como o sistema familiar). O imposto territorial foi reformado em 1873, fornecendo recursos regulares em substituição aos tributos feudais. Estimulou-se oficialmente o comércio e a indústria através de uma ampla gama de medidas, a saber: o controle das mercadorias de exportação, como a seda; os subsídios ou o investimento direto do governo nas indústrias estratégicas e de substituição de importações; programas de capacitação técnica; benefícios tributários e o desenvolvimento do transporte e das comunicações.
O novo estado Meiji iniciou reformas para converter o Japão em uma nação rica e poderosa com um exército forte, condição necessária para preservar a independência. Para isto teve de aprender as técnicas ocidentais, mas sem deixar de lado o espírito japonês. Um um terço de século, o Japão implantou sua revolução industrial.
A modernização econômica não foi tarefa fácil, ainda que o Japão tenha começado com vantagens em relação à maioria dos países asiáticos. Em 1868, o país já contava com um importante comércio interno. Além disso, apesar da escassez de terra cultivável, a agricultura desenvolveu-se de forma intensiva e era capaz de manter uma população crescente de 30 milhões de habitantes. O Japão, por vários séculos foi um importante produtor de cobre, também possuía jazidas de carvão e minerais suficientemente acessíveis para abastecer uma indústria siderúrgica em suas etapas iniciais. Os estudiosos japoneses começaram a aprender e a experimentar com a ciência e a tecnologia ocidentais, primeiro nos livros importados por intermédio dos holandeses e, depois de 1858, viajando a outros países. Por volta de 1860, já haviam construído um navio em estilo ocidental que atravessou o Pacífico com uma tripulação japonesa. Daí em diante, muitos estudantes foram enviados ao estrangeiro, às vezes em breves visitas de capacitação à Europa e ao estados Unidos, ou por períodos mais prolongados a universidades ocidentais. Isto permitiu aos japoneses não somente adquirir capacidade técnica, mas também aprender sobre assuntos políticos e econômicos. O desenvolvimento posterior deve-se substancialmente ao fato de que o japão adotou instituições como bancos e as sociedades anônimas, assim como ao êxito do governo em proporcionar um meio financeiro estável.
O novo estado Meiji iniciou reformas para converter o Japão em uma nação rica e poderosa com um exército forte, condição necessária para preservar a independência. Para isto teve de aprender as técnicas ocidentais, mas sem deixar de lado o espírito japonês. Um um terço de século, o Japão implantou sua revolução industrial.
A modernização econômica não foi tarefa fácil, ainda que o Japão tenha começado com vantagens em relação à maioria dos países asiáticos. Em 1868, o país já contava com um importante comércio interno. Além disso, apesar da escassez de terra cultivável, a agricultura desenvolveu-se de forma intensiva e era capaz de manter uma população crescente de 30 milhões de habitantes. O Japão, por vários séculos foi um importante produtor de cobre, também possuía jazidas de carvão e minerais suficientemente acessíveis para abastecer uma indústria siderúrgica em suas etapas iniciais. Os estudiosos japoneses começaram a aprender e a experimentar com a ciência e a tecnologia ocidentais, primeiro nos livros importados por intermédio dos holandeses e, depois de 1858, viajando a outros países. Por volta de 1860, já haviam construído um navio em estilo ocidental que atravessou o Pacífico com uma tripulação japonesa. Daí em diante, muitos estudantes foram enviados ao estrangeiro, às vezes em breves visitas de capacitação à Europa e ao estados Unidos, ou por períodos mais prolongados a universidades ocidentais. Isto permitiu aos japoneses não somente adquirir capacidade técnica, mas também aprender sobre assuntos políticos e econômicos. O desenvolvimento posterior deve-se substancialmente ao fato de que o japão adotou instituições como bancos e as sociedades anônimas, assim como ao êxito do governo em proporcionar um meio financeiro estável.
Com este esquema, o capitalismo progrediu rapidamente, transformando o japão em um exemplo notável de industrialização em grande escala no mundo não ocidental. No final da década de 1880 deram-se os primeiros passos na indústria têxtil e, depois de 1895, começou a desenvolver-se uma importante indústria pesada. A penetração do Japão nos mercados estrangeiros durante a Primeira Guerra Mundial estimulou ainda mais este processo. O comércio exterior aumentou vertiginosamente a partir de 1890, quando o Japão explorou importantes estabelecimentos na China (têxteis de algodão) e nos Estados Unidos (seda). A estrutura comercial experimentou uma mudança radical quando se converteu em importador em grande escala de matérias-primas e exportador de artigos manufaturados.
Como era fácil prever, este desenvolvimento refletiu-se em importantes mudanças no modo de vida do país. A população elevou-se de 35 milhões em 1873 para 55 milhões de habitantes em 1918. A partir daí, mesmo tendo metade da população dedicada à agricultura, quase um terso dela vivia em cidades de mais de 10 mil habitantes, especialmente nas principais áreas industriais de Honshu , ao norte de Kyushu e ao longo da região costeira que une as duas localidades. Além disso, estas áreas estavam ligadas a grande parte do país, inclusive a regiões remotas, mediante um sistema ferroviário que no total alcançava 10 mil quilômetros de vias férreas estatais (nacionalizado em 1906) que conectavam, por sua vez, uma ampla rede de linhas locais privadas.
À medida em que o poder e a confiança do japão aumentavam, também cresciam suas ambições nacionalistas e imperialistas. Em 1894, os "Tratados desiguais" foram revisados, apear de que as emendas não foram colocadas em prática na sua totalidade até 1911. Em 1894 x 1895, uma vitoriosa guerra contra a China, devido às disputas na Coréia, terminou em 1895 com o Tratado de Shiminoseki, que entregou Formosa (Taiwan) ao Japão. No tratado, o Japão reclamava também a Península de Liaotung, mas logo desisitu pressionado pela Rússia, França e Alemanha. Daí em diante, o Japão e a Rússia chocaram-se na defesa de seus respectivos interesses na Coréia e no Sul da Manchúria, uma rivalidade que culminaria na guerra de 1904 x 1905. Novamente o Japão saiu vitorioso. Obteve vantagens territoriais na Manchúria, especialmente em port Arthur e Mukden, e derrotou a frota russa nos estreitos de Tsushima em maio de 1905. O Tratado de Portsmouth lhe outorgou a concessão de Liaotung (território arrendado do Kuangtung), além de amplos direitos no sul da Manchúria e uma colônia ao sul da Sacalina (Karafuto). A Coréia transformou-se em um protetorado e foi anexada mais tarde (1910). Finalmente, a eclosão da guerra na Europa, em 1914, permitiu ao Japão expandir sus interesses na China Continental, desta vez na antiga área de influência alemã em Shantung, bem como na manchúria e em Fukien. Nas "Vinte e uma Reclamações", o Japão exigiu ampliar sua influência sobre estas regiões e, em janeiro de 1915, a China viu-se obrigada a aceitá-las. Apesar do amargo ressentimento de muitos chineses, estas reclamações também foram aceitas pelos aliados do japão em uma série de acordos em separado que igualmente reconheciam suas reivindicações sobre as ilhas alemãs capturadas no norte do Pacífico. A maioria destas conquistas confirmou-se na Conferência de Versalhes de 1919, quando o jopão surgiu como uma potência de grande importância, ocupando cadeira permanente no Conselho da Liga das nações.
Em princípio, a política exterior preocupava-se com os problemas de defesa. O poderio nacional, tanto militar como industrial acelerou a expansão no ultramar. As ilhas próximas do arquipélago Ryukyu foram reivindicadas em 1872 e convertidas em prefeituras japonesas em 1879, apesar dos protestos chineses. As ilhas de Bonin (Ogasawara) foram anexadas em 1873 com a anuência da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. As kurilas foram divididas entre o Japão e a Rússia segundo um tratado de 1855, mas, em 1875, o Japão aceitou abandonar suas pretensões sobre parte da Sacalina em troca de toda a cadeia de Kurilas.
Mas havia outro lado da história. A era da reforma sobre a qual se assentava o êxito internacional também ajudou a destruir as bases da estabilidade interna. A aposentadoria ou a morte da geração de governantes Meiji provocou uma luta pelo poder entre novos contendores. Por volta de 1918, o Exército já mostrava certa vontade de atuar independentemente do controle civil em operações conta a União Soviética, na Sibéria. Apelando às idéias parlamentares ocidentais, os políticos buscavam o poder por meio do apoio dos homens de negócios. Por último, descartando os modelos prévios de desenvolvimento político, estavam os que negavam totalmente a tendência ,moderna da história do Japão: os tradicionalistas, ofendidos pelo abandono dos hábitos e instituições japonesas que cederam lugar aos de estilo ocidental, e os representantes dos agricultores e dos operários das indústrias, ressentidos com a estrutura capitalista. Quando terminou a guerra em 1918, o Japão sofreu uma onda de greves nos principais centros industriais, à qual somou-se a uma inquietação generalizada na agricultura. Em 1921, Hara Kei, primeiro-ministro e dirigente de partido, foi assassinado por um jovem fanático de direita. estes acontecimentos levavam em si as sementes de futuras crises, antevendo uma nova etapa de conflito internacional.
Com o despontar do Japão, a Ásia regressava à vanguarda da História Mundial, ainda que o próprio Japão tenso seguido dividido entre o seu passado asiático e seu futuro como uma das principais potências industriais do mundo.
À medida em que o poder e a confiança do japão aumentavam, também cresciam suas ambições nacionalistas e imperialistas. Em 1894, os "Tratados desiguais" foram revisados, apear de que as emendas não foram colocadas em prática na sua totalidade até 1911. Em 1894 x 1895, uma vitoriosa guerra contra a China, devido às disputas na Coréia, terminou em 1895 com o Tratado de Shiminoseki, que entregou Formosa (Taiwan) ao Japão. No tratado, o Japão reclamava também a Península de Liaotung, mas logo desisitu pressionado pela Rússia, França e Alemanha. Daí em diante, o Japão e a Rússia chocaram-se na defesa de seus respectivos interesses na Coréia e no Sul da Manchúria, uma rivalidade que culminaria na guerra de 1904 x 1905. Novamente o Japão saiu vitorioso. Obteve vantagens territoriais na Manchúria, especialmente em port Arthur e Mukden, e derrotou a frota russa nos estreitos de Tsushima em maio de 1905. O Tratado de Portsmouth lhe outorgou a concessão de Liaotung (território arrendado do Kuangtung), além de amplos direitos no sul da Manchúria e uma colônia ao sul da Sacalina (Karafuto). A Coréia transformou-se em um protetorado e foi anexada mais tarde (1910). Finalmente, a eclosão da guerra na Europa, em 1914, permitiu ao Japão expandir sus interesses na China Continental, desta vez na antiga área de influência alemã em Shantung, bem como na manchúria e em Fukien. Nas "Vinte e uma Reclamações", o Japão exigiu ampliar sua influência sobre estas regiões e, em janeiro de 1915, a China viu-se obrigada a aceitá-las. Apesar do amargo ressentimento de muitos chineses, estas reclamações também foram aceitas pelos aliados do japão em uma série de acordos em separado que igualmente reconheciam suas reivindicações sobre as ilhas alemãs capturadas no norte do Pacífico. A maioria destas conquistas confirmou-se na Conferência de Versalhes de 1919, quando o jopão surgiu como uma potência de grande importância, ocupando cadeira permanente no Conselho da Liga das nações.
Em princípio, a política exterior preocupava-se com os problemas de defesa. O poderio nacional, tanto militar como industrial acelerou a expansão no ultramar. As ilhas próximas do arquipélago Ryukyu foram reivindicadas em 1872 e convertidas em prefeituras japonesas em 1879, apesar dos protestos chineses. As ilhas de Bonin (Ogasawara) foram anexadas em 1873 com a anuência da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. As kurilas foram divididas entre o Japão e a Rússia segundo um tratado de 1855, mas, em 1875, o Japão aceitou abandonar suas pretensões sobre parte da Sacalina em troca de toda a cadeia de Kurilas.
Mas havia outro lado da história. A era da reforma sobre a qual se assentava o êxito internacional também ajudou a destruir as bases da estabilidade interna. A aposentadoria ou a morte da geração de governantes Meiji provocou uma luta pelo poder entre novos contendores. Por volta de 1918, o Exército já mostrava certa vontade de atuar independentemente do controle civil em operações conta a União Soviética, na Sibéria. Apelando às idéias parlamentares ocidentais, os políticos buscavam o poder por meio do apoio dos homens de negócios. Por último, descartando os modelos prévios de desenvolvimento político, estavam os que negavam totalmente a tendência ,moderna da história do Japão: os tradicionalistas, ofendidos pelo abandono dos hábitos e instituições japonesas que cederam lugar aos de estilo ocidental, e os representantes dos agricultores e dos operários das indústrias, ressentidos com a estrutura capitalista. Quando terminou a guerra em 1918, o Japão sofreu uma onda de greves nos principais centros industriais, à qual somou-se a uma inquietação generalizada na agricultura. Em 1921, Hara Kei, primeiro-ministro e dirigente de partido, foi assassinado por um jovem fanático de direita. estes acontecimentos levavam em si as sementes de futuras crises, antevendo uma nova etapa de conflito internacional.
Com o despontar do Japão, a Ásia regressava à vanguarda da História Mundial, ainda que o próprio Japão tenso seguido dividido entre o seu passado asiático e seu futuro como uma das principais potências industriais do mundo.
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