Os mongóis não foram os primeiros muçulmanos que governaram a Índia. Na verdade o islão havia alcançado as comarcas fronteiriças no princípio do século VIII, ainda que sua expansão tivesse sido contida pela resistência hindu por quase 500 anos. O momento decisivo aconteceu em 1206, quando a poderosa dinastia muçulmana do Afeganistão conseguiu conquistar a Índia Setentrional estabelecendo o sultanado de Deli. Assim, a vitória obtida pelo invasor mongol Babur, em 1526, foi mais uma vitória sobre outros muçulmanos do que sobre fiéis de outra religião. Entretanto, na Índia peninsular, o hinduísmo, e não o islamismo, dominava durante a Idade Média.
Politicamente fragmentados, os reinos hindus do sul - chola, rastrakuta e chalukya - surgiram e desapareceram guerreando entre si; mesmo assim, nenhum chegou a ter mais que uma ascendência temporária sobre seus iguais.
As rivalidade entre as dinastias mais importantes se revelam arqueologicamente através dos seus diferentes estilos de templos. Essa época não foi somente a grande era da arqitetura hindu; a literatura e a filosofia também floresceram durante esses séculos. No século IX, Sankara, um brâmane de Kerala, começou a eliminar da antiga filosofia védica os elementos mais obscuros acumulados com o tempo, propagando também a filosofia monística de Advaita, que sustenta que o mundo é uma ilusão. Na mesma época, o budismo tântrico, com sua ênfase na magia e na substituição de divindades femininas por masculinas, adquiriu maior influência. Cruzando as águas, no Sri Lanka, o hinduísmo somente pode enraizar-se no norte da ilha, já que a religião dominante era o budismo. Enquanto o budismo declinava na Índua continental diante das invasões islâmicas no norte e renascia o hinduísmo no sul, o Sri Lanka tornava-se a base de uma vigorosa cultura insular. No século XII, a antiga capital da Anuradhapura foi substituída por um novo centro em Polonnaruwa.
Babur, o quinto sucessor na linha dinástica desde Tamerlão, entrou na Índia em 1523 vindo do Afeganistão. Com sua vitória em Panipat, em 1526, estabeleceu o Império Mogol, embora tenha levado algum tempo para assegurar suas bases.
Depois da sua morte, os mogóis foram expulsos do meridiano de Bihar do Sul pelos afeganes, sob seu líder Sher Shah. Foi necessária uma nova invasão em grande escala, consolidada de forma brilhante pelo neto de Babur, Akbar (1556 x 1605), para reinstaurar seu governo. Este ampliou seu domínio até Bengala, no leste, e Godavari, ao sul, como também à Cachemira, Beluchistão, Sind e Gujarat. A maioria dos príncipes rajputs converteu-se em vassalos, e o imperio, dividido em subahas (províncias), era administrado por uma nova classe de burocratas, os mansabdars, organizados em uma hierarquia militar planificada durante o efêmero governo de Sher Shah. Um sistema tributário padronizado e a tolerância em relação à maioria não-muçulmana ajudaram a fomentar o grande florescimento da civilização hindu, especialmente na pintura e arquitetura. O reinado de Akbar é considerado como uma das idades de ouroi da Índia. Ao contrário dos seus descendentem que eram meio hindus, dada à política de alianças matrimoniais com famílias principescas rajputs, Akbar era um estrangeiro na Índia. Mas seu sentido de identificação com a vida e a cultura do país conquistado foi total. A aclamação popular "Dillisvaro va jogadisvaro va"- "o governante de Deli é o Senhor do Universo" - testemunha o entusiasmo das massas por seu benevolente governo autocrático. Os artistas e sábios de sua corte recordavam, na imaginação popular, as glórias da mítica corte de Vikramaditya com suas "novas jóias" (navaratna). A escola mogol de pintura de miniaturas, que combinava as tradições das escolas persa e rajput, floresceu sob seu mecenato. Da mesma maneira, sua capital, construída com pedras arenosas vermelhas em Fatehpur Sikri, expressava uma surpreendente síntese das tradições hundu e islâmica na arquitetura. O novo estilo alcançou seu apogeu nos dias de seu neto, Shah Jahan, que construiu o Taj Mahal.
Akbar legou a seus sucessores uma política de espansão territorial, especialmente em direção ao sul. Sob o regime de Shah Jahan (1627 x 1656) estavam fomentando a oposição em todas as frentes. No ano 1700 os maratas assolavam a Decãoe as províncias orientais, os antigos aliados rajputyanos estavam em guerra e, perto da capital, os Sijs, os Jatis e os Satnamis rebelaram-se.
Duranto os 150 anos de paz e prosperidade dos mogóis, o comércio exterior despertou um novo e crescente interesse da Europa pela Índia. Depóis da primeira viagem de Vasco da Gama a Malabar em 1498, os interessados em especiarias portuguesas logo adquiriram territórios - Goa, Damão e a Ilha de Diu -, dos quais tentavam monopolizar o comércio de especiarias e têxteis, assim como as peregrinações a Meca. No século XVII, a eles se uniram as menos impopulares companhias holandesas, inglesas, francesas e dinamarquesas, toda desejosas de estabelecer centros comerciais litorâneos para para exportar têxteis, assucar, índigo e salitre a mercados tão longínquos como o Japão e o Novo Mundo.
Pouco depois da morte de Aurangzeb, as localidades de Oudh e o Decão, mas as províncias orientais, independentizaram-se definitivamente, guardando somente uma lealdade nominal a Deli. Os peshvas, primeiros ministros oficiais da Casa de Sivajil, presidiram uma coalizão de chefes maratas, que incluía os sindhias, gaikwars, holkares e bhonslas. Seus territórios se estendiam pelo norte, oeste, centro e leste da Índia, ao passo que no sul, Misore, sob os regimes de Haidar e Thimpu, se converteu em uma grande potência. Em fins do século XVIII, o imperador mogol caiu sob a proteção dos sindhias. Nesse momento, os maratas pareciam destinados a suceder os mogóis.
Durante a Guerra da Sucessão Austríaca (1740 x 1748), as companhia comerciais francesas e inglesas entraram em conflito ao longo da costa de Carnatic. Com a morte do governador local, o nizan, eclodiu uma guerra aberta (1744 x 1763), terminando com a vitória britânica e o ocaso das ambições da França na Índia. O triunfo de RobertClive em Plassey em 1757, estabeleceu o domínio inglês em Bihar, Orissa e Bengala, onde a Companhia das Índias Orientais estabelecera seu novo centro comercial de Calcutá em 1690. Já em 1768, os sarkars do norte ficaram isolados do nizam, Benares e Gazhipur foram arrebatados a Oudh no ano de 1755.
A supremacia britânica só foi assegurada depois de uma série de batalhas de resultados frequentemente incertos com os maratas e misores. Entretanto, as colônias da Companhia se expandiram de forma ininterrupta, principalmente com a vitória sobre Tipu em 1792 e sua queda em 1799; no fim do século, formavam um bloco contínuo de Malabar a Coromandel.
Em 1805 a hegemonia da Companhia Inglesa das Índias Orientais no continente indiano era um fato consumado. Nos cinquenta anos que se seguiram, a Companhia constituiu-se no máximo poder da região. A Terceira Guerra anglo-marata (1813 x 1823) marcou o fim da ameaça mais séria à sua supremacia. Com a conquista do Sind em 1843 e do reino sikh do Punjab em 1849, o império era delimitado com as fronteiras naturais do país no noroeste, ao passo que no norte, as guerras com o Nepal (1814 x 1816) estenderam seus limites ao Himalaia. A leste, os britânicos enfrentavam-se com o Império Birmanês e, em 1885, anexaram todos os seus territórios. Dentro do império, a Doutrina Dalhousie (1848 x 1856) levou à incorporação dos Estados autônomos mas dependentes, como Oudth e vários reinos maratas, aos territórios administrados diretamente.
A Índia incorporou-se à economia mundial como uma dependência da Grã-Bretanha. O monopólio da Companhia sobre o mercado indiano foi abolido em 1833 devido à insistente pressão dos comerciantes e empresários britânicos, que também influíram para que se criasse um sistema de transporte para a Índia e assim facilitasse a importação de produtos ingleses e a exportação de matérias-primas. Em 1853, a Índia perdeu o mercado mundial para seus têxteis e estava importando produtos de Lancashire. A escassez de algodão em Lancashire, por causa da guerra civil norte-americana, levou a produção de algodão na região do Decão a um aumento explosivo, e com ele a especialização em certos tipos de cultivos na Índia.
O desenvolvimento de ferrovias financiado com capitais britânicos, e a abertura do Canal de Suez em 1869 contribuíram para aumentar em sete vezes o comércio internacional da Índia entre 1869 e 1929. Apesar da dura competição britânica, os empresários indianos criaram uma série de indústrias modernas; mas na maioria das regiões a estrutura econômica e a agricultura tradicional não experimentaram mudanças significativas. A partir de 1921, o produto nacional bruto aumentou lentamente, mas, devido ao acelerado crescimento da população, a renda per capita caiu. Em resumo, a Índia desenvolveu todas as características de uma economia subdesenvolvida, enquanto dava uma contribuição considerável à balança de pagamentos britânica.
As mudanças administrativas também contribuíram para que a Índia se integrasse na nova ordem mundial dominada pela Europa. os funcionários públicos ingleses, inspirados nas ideias do filósofo Bentham, não vacilaram com respeito à sua interferência na ordem social do país. Sistemas de posse da terra que garantiam a propriedade, uma moderna rede de irrigação em algumas regiões, a proibição dos costumes que iam contra as ideias humanitaristas e o desenvolvimento de um moderno serviço judicial e civil foram as principais expressões do novo espírito. As consequências práticas destas politicas ainda constituem motivo de debate. Possivelmente os proprietários rurais se beneficiaram com estas mudanças, mas, com frequência, o custo teve de ser pago pela grande massa dos demais produtores. As fomes periódicas seguiram custando muitas vidas, enquanto a agricultura comercial florescia.
Osa grupos profissionais, os empregados da administração colonial e os latifundiários convertidos ao novo sistema de propriedade permitiram o surgimento a uma nova elite colonial na Índia. A educação de estilo ocidental, oficialmente apoiada somente a partir de 1835, teve de responder às exigências materiais e culturais deste novos grupos sociais. O conhecimento do Ocidente fomentou os movimentos sociais e literários influenciados por modelos ocidentais, mas de forma seletiva com suporte nas antigas tradições indianas. O Brahma Samaj, fundado por Ram Mohan Roy em 1819, que inspirava o restabelecimento do monoteísmo hindu, e Arya Samaj, que era partidário declarado do ressurgimento hindu, representavam os dois exemplos mais relevantes deste novo pensamento. Esta nova consciência de uma identidade indiana, reforçada pelo racismo inglês, adquiriu rapidamente uma dimensão política, que inicialmente se expressou através das associações políticas locais e das manifestações públicas sobre problemas específicos. O Congresso Nacional Indiano, a primeira organização política exclusivamente indiana, foi fundado em 1885, com a anuência oficial, como uma válvula de escape para o crescente descontentamento. O que começou como uma tranquila reunião anual de abastados homens públicos converteu-se depois em uma ala extremista que começou a questionar o direito dos estrangeiros de governar a Índia. Em 1905, o primeiro protesto geral, que já antecipava o movimento ossífico de Gandi de não-cooperação e de difusão do suvaraj (o autogoverno), foi organizado para opor-se à decisão de dividir a província de Bengala, enquanto grupos revolucionários adotavam o terrorismo para conseguir o mesmo fim.A consciência política aguçou-se e as expectativas aumentaram coma Primeira Guerra Mundial e com a Proclamação Ministerial em 1917, que declarava que a meta do governo britânico na Índia era a instauração de um governo responsável. A Lei de Conselhos Indianos de 1909 estabeleceu uma legislatura provincial e as reformas Montagu-Cheslmsford de 1919 ampliaram províncias. Entretanto, as leis repressivas promulgadas em 1919, que autorizavam a detenção sem julgamento, pareciam contradizer estes objetivos. Gandi usou, então, sua arma da satyagraha ou manifestação pública pacífica, que utilizou pela primeira vez em sua luta contra a legislação racista da África do Sul. A resposta não tardou em chegar com o massacre de "Amritsar", que causou um profundo ressentimento racial. Os indianos muçulmanos sentiram-se ainda mais provocados com o tratamento que deram os aliados ao sultão da Turquia, seu califa ou chefe espiritual. O movimento de Não Cooperação (1920 xz 1922) , destinado a reparar "o dano que foi infligido ao califa", e conseguir o swaraj, foi o primeiro protesto geral exclusivamente indiano, no qual participara também alguns camponeses.
Enquanto os distúrbios comunais desgastavam a únidade nacional em meados dos anos 20, uma ala rtadical do Congresso, sob a liderança do jovem Jawaharlal Nehru e de Subhas Chandra Bose, pressionava para aumentar a ação militante contra o rajá e induziu o Congresso a propor o objetivo da independência total em 1929. Quando mahatma Ghandi iniciou em 1930 seu "Movimento de Desobediência Civil (1930 x 1939) para conseguir a purna swaraj (independência total), ele e cerca de 60 mil de seus seguidores foram detidos. Entretanto, o movimento significou uma reviravolta na situação. Suspenso em 1931 por causa de um acordo com o vive-rei Irwin, Ghandi o reorganizou quando regressou das abortadas discussões constitucionais da Conferência de Mesa Redonda em Londres. As negociações fracassaram e fortaleceu-se a política de confrontação adotada pelos líderes mais jovens.
Jawaharial Nehru, mais conhecido como o pandit Nehru (1889 x 1964), aderiu com veemência ao movimento liderado por Gandhi na luta pela independência do povo indiano para o qual desejava um regime socialista. Uma vez obtida a independência de seu país, em 1947, foi primeiro ministro até sua morte, mantendo uma política de equilíbrio em relação às potências ocidentais e a União Soviética.
A Índia, após sua emancipação da Grã-Bretanha, passou por momentos difíceis buscando o equilíbrio político. À esquerda, uma das grandes personalidade da Índia contemporãnea foi Indira Gandhi (1917 x 1984). Filha do pandi Nerhru, sucedeu a Shastri na chefia do governoem 1966, sendo confirmada como primeira ministra nas eleições de 1967 e 1971. Voltou a ocupar o cargo em 1980 e, em março de 1983, substitui Fidel Castro na presidência dos Países Não -Alinhados. Morreu assassinada por membros de sua guarda pessoal, pertencentes à seita sitkh. Os sikhs integram uma seita religiosa da Índia fundada no século XVI por Nanak. Baseados na primazia do guru para dirimir os problemas doutrinais e dotados de certa organização militar; eles lutaram contra os príncipes indianos e contra o domínio britânico.
Todos os países da Ásia Meridional foram perturbados pela situação tão especial das minorias e os grupos regionais, para não mencionar os persistentes problemas sociais que surgiram da intocabilidade que ainda existe na sociedade indiana, apesar da legislação que estabelece o contrário. O governo indiano, desejoso de fomentar o hinduísmo, logo enfrentou as exigências de que se formassem novos Estados divididos por razões linguísticas, de maneira que, a partir de 1953,a alternaram os limites dos Estados. Contudo, a afinidade linguística continuou sendo um poderoso sentimento, sobretudo no estado de Madras, no sul da Índia, que foi rebatizado como Tamil Nadu. Em Assam, diversos grupos tribais, especialmente os nagas, começaram a exigir sua independência ou então que lhes fosse outorgada a condição de Estado.
Os crescentes problemas nas fronteiras entre a Índia e a China culminaram em uma guerra, em 1962, na qual a Índia foi derrotada. à medidas que as relações sino indianas se deterioravam, melhoravam as relações sino-paquistanesas. Em 1965, o Paquistão tentou infiltrar tropas na região de Caxemira, dominada pela Índia. Este fato provocou uma guerra na qual a Índia obteve algumas conquistas, mas no acordo assinado posteriormente em Tashkent, sob auspícios da União Soviética, ambos os países aceitaram voltar ao status quo. Entretanto, as relações continuaram tensas e pioraram rapidamente em 1971, quando o então presidente militar do Paquistão, Yahya Kan, reprimiu com crueldade as demandas de autonomia no leste, o que induziu 10 milhões de refugiados a cruzarem para a Índia. Finalmente, em dezembro de 1971, a Índia apoiou os guerrilheiros de Bangladesh, que contavam com uma poderosa força militar, derrotando o Exército paquistanês em duas semanas. Após estas ações, criou-se o novo estado de Bangladesh, sob direção do xeque Majib-ur Rah-man.
Todos os Estados da Ásia Meridional tentaram organizar governos democráticos parlamentares, mas pouco s pouco as instituições parlamentarias fdoram minada. O Paquistão e a Birmânia caíram sob regime militares em 1958. Bangladesh descartou a democracia parlamentar após o assassinato do xeque Majib-ur, em 1975. O Paquistão, após um breve período de governo civil sob a direção de Bhutto, seguiu governado por um regime militar. Na Índia, a primeira-ministra Indira Gandhi exerceu o poder sob decretos de emergência entre 1975 e 1977, mas autorizou a realização de eleições, nas quais foi derrotada. Seu partido foi reeleito na eleições seguintes. Entretanto, os conflitos entre o governo central e as administrações provinciais permitiram o aparecimento de uma atividade guerrilheira entre os extremistas separatistas sikhs. Em 1984, o Exército indiano apoderou-se do Templo Dourado de Amritsar, lugar sagrado dos sikhs, convertendo-o em sede de extremistas. Em vingança assassinaram Indira Gandhi, mas seu filho Rajiv assumiu o cargo de primeiro ministro. Os distúrbios no Punjab continuaram; as dificuldades que teve Rajiv Gandhi com as minorias e os arraigados interesses econômicos persistiram apesar do otimismo inicial. Contudo, a Índia conseguiu uma taxa de crescimento industrial bastante alta e durante vários anos pode auto-abastecer-se de alimentos em grão. Apesar da baixa renda per capita , existe uma importante classe média com excelente educação que ajudou a deter as forças centrífugas. Apear dos ocasionais surtos de violência intercomunal e as exigências de autonomia dos sikhs no Pubjab, a Índia continua sendo a maior democracia funcional do mundo. No Ceilão,bem como na Índia, o governo parlamentar sobreviveu, apesar do poder exercido por um partido político único,, que inibe os processos democráticos . Tanto na Índia como no Paquistão houve um importante desenvolvimento industrial. Atualmente a Índia é uma das principais potências industriais, porém, como a renda per capita segue sendo muito baixa e a distribuição da renda é deficiente, existem ainda enormes grupos que vivem na pobreza abominável.
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