A Bacia Amazônica
A bacia amazônica apresenta uma vegetação que abrange desde o bosque tropical úmido até as terras de pastoreio da savana. Estas, juntamente com as planícies aluviais, eram adequadas para o cultivo de cereais, e desde o começo da nova era até a conquista européia nos séculos XVI e XVII foram habitadas e exploradas por sociedades hierárquicas complexas e densamente povoadas.
A mandioca sempre foi o alimento básico cultivado na bacia do Orinoco, em 5.000 a.C. aproximadamente. A planta madura pode chegar a medir 2,5 metros de altura. Como a mandioca crua possui um ácido venenoso e não é comestível, precisa de um processo para ser consumida. Para isso, era descascada e ralada. A polpa obtida era colocada dentro de um espremedor tipo cesto, de modo a escorrer o veneno. O suco era fervido vagarosamente, evaporando o ácido e produzindo um xarope que se empregava para temperar. A polpa era usada para fazer pão, ou então pequenas bolinhas de farinha. O líquido escorrido também podia ser utilizado deixando-o decantar; o material decantado era seco ao sol e formava o que conhecemos como polvilho.
O milho foi um dos alimentos que sofreu uma das transformações mais surpreendentes, já que a planta de milho selvagem tem apenas 5 a 10 minúsculos grãos a fixados numa espiga.
Trata-se de um conhecidíssimo cereal cultivado em grande parte do mundo e extensivamente utilizado como alimento humano e também animal. É o principal componente das rações produzidas para animais devido às suas qualidades nutricionais.
Esta planta que se acredita ser ancestral do milho é conhecida como teosinte. Todas as evidências científicas levam a crer que seja uma planta de origem mexicana.
Sua domesticação remonta entre 7.500 a 12.000 anos atrás na área central do México. Foi introduzido na região durante o primeiro milênio a.C., substituindo a mandioca, que era cultivada a tempos que remontam a 5.000 a.C. no Orinoco superior. O cultivo do milho foi um avanço. Provavelmente introduzido a partir do norte dos Andes, se desenvolveu de forma intensiva e permanente ao longo das ribeiras e deltas dos rios que fluíam desde a cordilheira, produzindo-se, dessa forma, excedentes alimentícios armazenáveis por mais tempo do que a mandioca permitia. Embora de difícil armazenamento, a mandioca continuou sendo cultivada e consumida. A enchente estacional dos rios deixava um lado rico e favorável para o cultivo intensivo. Ademais, fornecia abundantes peixes e mamíferos aquáticos.
Mais de uma centena de plantas originárias da América do Sul eram cultivadas desde épocas remotas. Elas incrementaram de maneiro importante a dieta européia. Em muitos casos as formas primogênitas não eram parecidas com seus atuais descendentes. os ancestrais silvestres produziram partes comestíveis menores; o milho mais antigo conhecido tinha apenas 3 cm de comprimento . O milho e as favas foram uma das primeiras plantas cultivadas., uma escolha afortunada para os lavradores primitivos, já que em conjunto forneciam uma dieta completa e equilibrada: hidratos de carbono, proteínas e aminoácidos eram instintivamente utilizados. Nos Andes foram cultivadas as plantas alimentícias especiais que cresciam em altitude de mais de 3 mil metros.
A tão popular banana (Cavendish), que muitos a tem como símbolo das frutas brasileiras, na verdade, é originária do sudeste asiático e da Papua-Nova guiné; seu cultivo remonta um período entre 8.000 e 5.000 anos a.C. As antigas espécies de banana selvagens - a Musa acuminata e Musa babisiana - estão cheias de sementes não comestíveis e foram domesticadas para adaptar-se ao clima tropical.
O repolho é uma das plantas mais interessantes; também foi adaptada ao clima tropical; brócolis, couve-flor e couve vem de uma única planta nativa da Europa - a planta mostarda selvagem (Brassica oleracea).
O pêssego veio da China e a domesticação dos frutos deve ter ocorrido por volta de 6.000 a.C. Também teve que ser adaptada ao nosso clima.
A berinjela é uma planta subsaariana da família das sombreadas chamada Solanum Incanum. Hoje elas são facilmente encontradas em diversas cores nos supermercados.
Como muitas outras plantas, o tomate ainda pode ser encontrado na natureza ainda em estado ancestral. É chamado Solanum pimpinellifolium e cresce no note do Peru e no sul do Equador. Acredita-se que o tomate tenha sido cultivado no México ou em outras partes da região Mesoamericana, com registos que remontam a pelo menos 500 anos a.C.
A cenoura tem origens humildes, pois vem de uma erva daninha que pode ser encontrada em toda a Europa. Foi, com certeza, cultivada na Pérsia ou na Ásia Central há cerca de mil anos. Já na Idade Média, a planta já havia sido domesticada e perdeu seu sabor amargo e sua forte texturam amadeirada.
A Amazônia foi tradicionalmente considerada uma região com cultura atrasada em comparação com as pré-colombianas. Mesmo sendo erroneamente esquecida por ser considerada apenas região coberta por uma densa mata tropical, como povoados indígenas que só se deslocavam devastando morros e queimando o mato para cultivo de pequenas superfícies, neste região desenvolveram-se grupos humanos bem mais sofisticados. As evidências arqueológicas, etnográficas e históricas provam a existência de sociedades complexas com grandes assentamentos e caciquismos, que desenvolviam um cultivo intensivo.
Os vestígios mais antigos da ocupação paleo-indígena da região Amazônica estão muito espalhados, e ainda não foram suficientemente estudados. Em abrigo do Sol e no Mato Grosso foram encontradas ferramentas utilizadas para talhar os petróglifos nas covas de arenito, as quais datam de 10.000 a 7.000 a.C. Ferramentas de lascas, procedentes das terras altas da Guiana venezuelana, da Guiana e do Tio Tapajós, na Amazônia inferior, têm sido atribuídas ao período compreendido entre o 8.000 e o 4.000 a.C. Devido à carência de maiores evidências, ainda é desconhecido o tipo de animal que estes caçadores perseguiam.
Entre o 4.000 e o 2.000 a. C. aconteceu a transição da caça e da coleta para uma agricultura incipiente. Restos de alimentos de origem animal e vegetal, que remontam ao período compreendido entre 6.000 e 4.000 a.C., têm sido encontrados em cavernas e refúgios no Brasil e na Venezuela. Perto das desembocaduras do Amazonas e do Orinoco, sobre o litoral da Guiana e ao longo do trecho inferior do Amazonas, encontram-se vestígios que evidenciam a evolução desde a atividade um insipiente cultivo agrícola. Enormes e numerosos acúmulos de conchas revelam essa mudança nas atividades produtivas. Nos níveis mais primitivos dessas acumulações não existe cerâmica, porém nos níveis superiores na Guiana, datados de 4.000 a.C. aproximadamente,e nos da Mina, no sudeste da foz do Amazonas, datados de 3.000 a.C., aparecem alguns fragmentos cerâmicos. Essas descobertas, junto com o montículo de conhas e de cerâmicas de Teperinha, perto de santarém, no Pará, são, pelo menos, um milênio mais antigas que a primeira cerâmica do Peru.
Já em 3.000 a.C., começaram a surgir povoados pequenos e espalhados de horticultores. Simultaneamente , começou em toda a região o aparecimento de estilos de cerâmica, todos caracterizados por motivos zoomórficos, com representações talhadas ou pintadas de animais em escala.
Durante este período, expandiram-se os povoados e assentamentos, desenvolvendo-se sociedades marcadamente hierárquicas que perduraram durante séculos. este agrupamentos se estenderam por vários quilômetros ao longo das margens do Rio Amazonas, alojando milhares de pessoas e grande quantidade de construções. os etnógrafos têm denominado estas jazidas de "Terra negra Índia", sendo a região mais famosa a que está localizada nos arredores da atual Santarém. Esta zona foi o centro do caciquismo na região do Rio Tapajós, durante os séculos XVI e XVIII d.C. Estes caciques guerreiros dominaram territórios de dezenas de milhares de quilômetros quadrados, arrecadando tributos de todos que estavam sob seu controle. Foram encontrados vestígios de enormes aterros defensivos, morros para vivenda e cerimônias, além de canais de irrigação que necessitavam de uma grande quantidade de mão-de-obra, inclusive de escravos.
Os maiores complexos de montículos se encontram sobre os trechos mais largos do terreno aluvial das zonas da savana, tais como a planície da Amazônia boliviana, o Orinoco médio e a Ilha de Marajó, na foz do Amazonas. Nestes lugares formaram-se grupos de até quarenta montículos, numa superfície que oscila entre 10 e 15 quilômetros quadrados. Poucos deles foram escavados, embora nos cemitérios anexos se tenham efetuados novos estudos. isto porque, nestes últimos, são abundantes as peças de cerâmica ricamente moldadas e pintadas, onde eram guardados os ossos das pessoas socialmente mais importantes. Um culto ancestral, baseado nos corpos mumificados dos chefes, parece ter sido um costume importante nessas sociedades; é nessa época que surgem as urnas sepulcrais antropomorfas.
Os relatos dos primeiros europeus que penetraram a região da Amazônia descrevem estes povos como sociedades hierárquicas, ricas e bem organizadas. Contudo, com estes grupos aconteceu o mesmo que com a grande maioria dos povos americanos; com a chegada dos europeus, as doenças, a escravidão e a expropriação das terras trouxeram a sua destruição. Por outro lado, os europeus levaram consigo o vírus da sífilis, ao qual os indígenas tinham imunidade. Mais tarde causou grandes problemas em toda a Europa.
Durante a Era do Gelo, a água congelada de mares e rios formou pontes naturais que permitiram a travessia a pé entre terras antes separadas por distâncias intransponíveis. Foi o momento em que grupos humanos espalharam-se em novas regiões, ampliando as fronteiras conhecidas e aumentando seu domínio sobre a terra.
Mais de uma centena de plantas originárias da América do Sul eram cultivadas desde épocas remotas. Elas incrementaram de maneiro importante a dieta européia. Em muitos casos as formas primogênitas não eram parecidas com seus atuais descendentes. os ancestrais silvestres produziram partes comestíveis menores; o milho mais antigo conhecido tinha apenas 3 cm de comprimento . O milho e as favas foram uma das primeiras plantas cultivadas., uma escolha afortunada para os lavradores primitivos, já que em conjunto forneciam uma dieta completa e equilibrada: hidratos de carbono, proteínas e aminoácidos eram instintivamente utilizados. Nos Andes foram cultivadas as plantas alimentícias especiais que cresciam em altitude de mais de 3 mil metros.
A tão popular banana (Cavendish), que muitos a tem como símbolo das frutas brasileiras, na verdade, é originária do sudeste asiático e da Papua-Nova guiné; seu cultivo remonta um período entre 8.000 e 5.000 anos a.C. As antigas espécies de banana selvagens - a Musa acuminata e Musa babisiana - estão cheias de sementes não comestíveis e foram domesticadas para adaptar-se ao clima tropical.
O repolho é uma das plantas mais interessantes; também foi adaptada ao clima tropical; brócolis, couve-flor e couve vem de uma única planta nativa da Europa - a planta mostarda selvagem (Brassica oleracea).
O pêssego veio da China e a domesticação dos frutos deve ter ocorrido por volta de 6.000 a.C. Também teve que ser adaptada ao nosso clima.
A berinjela é uma planta subsaariana da família das sombreadas chamada Solanum Incanum. Hoje elas são facilmente encontradas em diversas cores nos supermercados.
Como muitas outras plantas, o tomate ainda pode ser encontrado na natureza ainda em estado ancestral. É chamado Solanum pimpinellifolium e cresce no note do Peru e no sul do Equador. Acredita-se que o tomate tenha sido cultivado no México ou em outras partes da região Mesoamericana, com registos que remontam a pelo menos 500 anos a.C.
A cenoura tem origens humildes, pois vem de uma erva daninha que pode ser encontrada em toda a Europa. Foi, com certeza, cultivada na Pérsia ou na Ásia Central há cerca de mil anos. Já na Idade Média, a planta já havia sido domesticada e perdeu seu sabor amargo e sua forte texturam amadeirada.
A Amazônia foi tradicionalmente considerada uma região com cultura atrasada em comparação com as pré-colombianas. Mesmo sendo erroneamente esquecida por ser considerada apenas região coberta por uma densa mata tropical, como povoados indígenas que só se deslocavam devastando morros e queimando o mato para cultivo de pequenas superfícies, neste região desenvolveram-se grupos humanos bem mais sofisticados. As evidências arqueológicas, etnográficas e históricas provam a existência de sociedades complexas com grandes assentamentos e caciquismos, que desenvolviam um cultivo intensivo.
Os vestígios mais antigos da ocupação paleo-indígena da região Amazônica estão muito espalhados, e ainda não foram suficientemente estudados. Em abrigo do Sol e no Mato Grosso foram encontradas ferramentas utilizadas para talhar os petróglifos nas covas de arenito, as quais datam de 10.000 a 7.000 a.C. Ferramentas de lascas, procedentes das terras altas da Guiana venezuelana, da Guiana e do Tio Tapajós, na Amazônia inferior, têm sido atribuídas ao período compreendido entre o 8.000 e o 4.000 a.C. Devido à carência de maiores evidências, ainda é desconhecido o tipo de animal que estes caçadores perseguiam.
Entre o 4.000 e o 2.000 a. C. aconteceu a transição da caça e da coleta para uma agricultura incipiente. Restos de alimentos de origem animal e vegetal, que remontam ao período compreendido entre 6.000 e 4.000 a.C., têm sido encontrados em cavernas e refúgios no Brasil e na Venezuela. Perto das desembocaduras do Amazonas e do Orinoco, sobre o litoral da Guiana e ao longo do trecho inferior do Amazonas, encontram-se vestígios que evidenciam a evolução desde a atividade um insipiente cultivo agrícola. Enormes e numerosos acúmulos de conchas revelam essa mudança nas atividades produtivas. Nos níveis mais primitivos dessas acumulações não existe cerâmica, porém nos níveis superiores na Guiana, datados de 4.000 a.C. aproximadamente,e nos da Mina, no sudeste da foz do Amazonas, datados de 3.000 a.C., aparecem alguns fragmentos cerâmicos. Essas descobertas, junto com o montículo de conhas e de cerâmicas de Teperinha, perto de santarém, no Pará, são, pelo menos, um milênio mais antigas que a primeira cerâmica do Peru.
Já em 3.000 a.C., começaram a surgir povoados pequenos e espalhados de horticultores. Simultaneamente , começou em toda a região o aparecimento de estilos de cerâmica, todos caracterizados por motivos zoomórficos, com representações talhadas ou pintadas de animais em escala.
Durante este período, expandiram-se os povoados e assentamentos, desenvolvendo-se sociedades marcadamente hierárquicas que perduraram durante séculos. este agrupamentos se estenderam por vários quilômetros ao longo das margens do Rio Amazonas, alojando milhares de pessoas e grande quantidade de construções. os etnógrafos têm denominado estas jazidas de "Terra negra Índia", sendo a região mais famosa a que está localizada nos arredores da atual Santarém. Esta zona foi o centro do caciquismo na região do Rio Tapajós, durante os séculos XVI e XVIII d.C. Estes caciques guerreiros dominaram territórios de dezenas de milhares de quilômetros quadrados, arrecadando tributos de todos que estavam sob seu controle. Foram encontrados vestígios de enormes aterros defensivos, morros para vivenda e cerimônias, além de canais de irrigação que necessitavam de uma grande quantidade de mão-de-obra, inclusive de escravos.
Os maiores complexos de montículos se encontram sobre os trechos mais largos do terreno aluvial das zonas da savana, tais como a planície da Amazônia boliviana, o Orinoco médio e a Ilha de Marajó, na foz do Amazonas. Nestes lugares formaram-se grupos de até quarenta montículos, numa superfície que oscila entre 10 e 15 quilômetros quadrados. Poucos deles foram escavados, embora nos cemitérios anexos se tenham efetuados novos estudos. isto porque, nestes últimos, são abundantes as peças de cerâmica ricamente moldadas e pintadas, onde eram guardados os ossos das pessoas socialmente mais importantes. Um culto ancestral, baseado nos corpos mumificados dos chefes, parece ter sido um costume importante nessas sociedades; é nessa época que surgem as urnas sepulcrais antropomorfas.
Os relatos dos primeiros europeus que penetraram a região da Amazônia descrevem estes povos como sociedades hierárquicas, ricas e bem organizadas. Contudo, com estes grupos aconteceu o mesmo que com a grande maioria dos povos americanos; com a chegada dos europeus, as doenças, a escravidão e a expropriação das terras trouxeram a sua destruição. Por outro lado, os europeus levaram consigo o vírus da sífilis, ao qual os indígenas tinham imunidade. Mais tarde causou grandes problemas em toda a Europa.
Durante a Era do Gelo, a água congelada de mares e rios formou pontes naturais que permitiram a travessia a pé entre terras antes separadas por distâncias intransponíveis. Foi o momento em que grupos humanos espalharam-se em novas regiões, ampliando as fronteiras conhecidas e aumentando seu domínio sobre a terra.
Tudo indica que a chegada do homo-sapiens ao continente americano ocorreu nessa época, por volta de 14 mil anos a.C. Partindo da Sibéria, nômades atravessaram o estreito de Bering e alcançaram o Alasca. Alguns ocuparam a América do Norte, outros desceram para o litoral da Venezuela, Peru, Chile e Patagônia.
Na Oceania, a Autalia recebeu viajantes do sul da Ásia. As ilhas mais isoladas, próximas à Nova Guiné e à Nova Zelândia, foram as últimas a seres povoadas. Portanto, no final da Era do Gelo, o homo sapiens ocupava diversos continentes, mostrando-se adaptável, forte e inteligente.
Primórdio da América do Norte
Enquanto fatos relevantes aconteciam na América central e do Sul, partes da América do Norte testemunhavam importantes mudanças na natureza da sociedade, que a levaram à fronteira da civilização em 1.000 a.C. Nas florestas do leste, a cultura adena, famosa pelos seus ricos túmulos sob montículos de terra, floresceu entre 1.000 e 300 a.C. em Ohio, Kentucky, Indiana e Virgínia do Oeste. Ocasionalmente, as personagens destacadas eram enterradas em tumbas de madeira, que eram queimadas em cerimônias fúnebres e em seguida cobertas com montículos cônicos de até 200 metros de altura. A maioria das sepulturas continha objetos, como ferramentas de pedra polida, tonéis com forma de charuto ou de tubos, braceletes, brincos, contas e colheres de cobre e contas de conchas marítimas. Finas lâminas de pedra talhadas com desenhos curvilíneos e de animais eram empregados para marcar os traços das tatuagens. As obras com terra de Adena incluíam também construções cerimoniais de grandes proporções e montículos como o da Grande Serpente, de 217 metros de comprimento. O florescimento da cultura adena dependeu provavelmente da produção de excedentes de comida para alimentar a mão-de-obra que construía os imponentes montículos. Pequenos povoados habitam os vales dos rios, onde existiam variedades de pássaros, mamíferos, peixes e vegetais.
A partir de 300 a.C. surgia o elaborado sistema de ritos de sepultamento e as grandes construções com terra, que se expandiram durante a fase hopewell, assim chamada por Hopewell, em Ohio. As maiores e mais complexas obras de terra, possivelmente centros cerimoniais, foram encontradas nessa região, onde aterros de aproximadamente 5 metros de altura fecham áreas circulares, retangulares e octogonais de até 40 hectares. A descoberta dos túmulos hopewell constituem um impressionante testemunho das habilidades desses antigos artesãos. O cobre era martelado e modelado como joia decorativa com desenhos em relevo, em machados, enxós, cinzéis, couraças e toucados. A ampla gama de materiais usados indica a existência de uma rede social ou religiosa através da qual os exóticos materiais achegavam até as florestas do leste. Conhas do litoral do golfo foram encontradas em túmulos de Michigan e Wisconsin; presas de tubarão em Ilinóis, o cobre era comercializado desde sua fonte no lago Superior e a obsidiana e as presas de urso cinza chegaram do extremo oeste até os túmulos de Ilinóis e Ohio. A mica e os tipos preferidos de pedernal, como o proveniente de Flat Ridge, em Ohio, também eram comercializados através de grandes distâncias.
A construção de grandes monumentos de terra e de extensas redes comerciais para aquisição de materiais exóticos para a celebração de ritos fúnebres sugerem a existência de soberanias no período hopewell. O apogeu desta evolução chegou nos séculos seguintes, quando surgiu Cahokia, localizada no vale médio do Mississípi,cidade de cerca de 38 mil habitantes edificada em torno a um templo erguido sobre plataformas de terra de 30 metros de altura. Baseados na economia agrícola mais precária, os povos nativos dos bosques do leste tinham criado uma cultura altamente sofisticada e complexo. Só a partir dessa época é que podemos começar a considerar a América do Norte como o berço de uma verdadeira civilização.
Nos férteis vales que cercam as cidades estabelecidas na zona do Mississípi existiam povoados rurais, aldeias permanentes com uma alta densidade de habitantes, que atingia aé 200 habitantes por quilômetro quadrado. Esta concentração foi possível graças a uma revolução agrícola, que aconteceu, por sua vez, pela evidente influência mexicana na região . Antes de 700 a.C., o cultivo do milho, em geral, tinha estado restrito ao sul da região, e as variedades cultivadas precisavam de cerca de 200 dias sem temperaturas abaixo de zero, para amadurecer. depois dessa data foram introduzidas espécies resistentes e mais produtivas, que amadurecem em temporadas mais curtas, permitindo,às vezes, obter duas colheitas no ano. Em alguns setores localizados nas terras baixas dos rios Mississípi, Ohio, Tenessi, Arkansas e Red Rivers, por causa das enchentes estacionais, se desenvolvia um cultivo intensivo.
Além do cultivo do milho, completavam a dieta certos vegetais, como as nozes, o girassol, as favas e as cabaças.
A organização social desses grupos humanos, de acordo a evidências arqueológicas, era matrilinear, dirigida por um chefe que governava quatro classes sociais muito bem definidas. Osa montículos funerários dão testemunho dessa diferenciação social, e embora as práticas funerárias tenham mudado ao longo dos anos, mantiveram-se os sepultamentos em montículos localizados no centro da cidade. Nos principais sítios funerários, desde o Mississípi até Minnesota e desde Oklahoma até o Atlântico, foram encontrados espetaculares objetos adornados com motivos religiosos, tais como conchas marinhas, lâminas de cobre cinzelado, alertas de pedra e tecidos pintados. Estes objetos fornecem o testemunho de uma religião muito difundida conhecida como o culto austral. Pouco se sabe do seu dogma ou rituais, se bem que podem ser identificados em certos traços mexicanos na ênfase dada à morte e à rosa-dos-ventos.
Da mesma forma que outras grandes culturas americanas, as do Mississípi declinaram, até que desapareceram com a chegada do homem europeu, que trouxe com ele doenças epidêmicas, afetando profundamente a população local.
A descoberta da Aldeia Ozette, de mais de 2 mil anos de idade, foi de grande relevância para o melhor conhecimento dos habitantes das terras da América do Norte dos tempos remotos. Assim, a informação obtida sobre os povos indígenas que exploravam as terras férteis e os recursos fluviais e marítimos da Colúmbia Britânica, Washington e Oregon foi aumentada com esta descoberta.
Estas sociedades que remontam aos tempos de Cristo, são famosas pelos produtos artesanais de excelente qualidade, como caixas talhadas, máscaras e portes de vivendas, bem como testeis e cestaria. Sendo a maioria deste objetos fabricados com materiais perecíveis (madeira e cortiça), estas culturas do litoral do noroeste deixaram muito poucos traços de registros arqueológicos, justamente por produzirem com materiais facilmente deterioráveis. dai a relevância da descoberta da aldeia localizada em Washington. Curiosamente foi um fato casual; uma tempestade solapou um aterroem Ozette, provavelmente um desmoronamento que deixou a descoberto vigas de madeira de uma vivenda comunitária enterrada sob um plano inclinado de barro, com mais de 2 metros de espessura. A densidade do barroo tinha
Nos férteis vales que cercam as cidades estabelecidas na zona do Mississípi existiam povoados rurais, aldeias permanentes com uma alta densidade de habitantes, que atingia aé 200 habitantes por quilômetro quadrado. Esta concentração foi possível graças a uma revolução agrícola, que aconteceu, por sua vez, pela evidente influência mexicana na região . Antes de 700 a.C., o cultivo do milho, em geral, tinha estado restrito ao sul da região, e as variedades cultivadas precisavam de cerca de 200 dias sem temperaturas abaixo de zero, para amadurecer. depois dessa data foram introduzidas espécies resistentes e mais produtivas, que amadurecem em temporadas mais curtas, permitindo,às vezes, obter duas colheitas no ano. Em alguns setores localizados nas terras baixas dos rios Mississípi, Ohio, Tenessi, Arkansas e Red Rivers, por causa das enchentes estacionais, se desenvolvia um cultivo intensivo.
Além do cultivo do milho, completavam a dieta certos vegetais, como as nozes, o girassol, as favas e as cabaças.
A organização social desses grupos humanos, de acordo a evidências arqueológicas, era matrilinear, dirigida por um chefe que governava quatro classes sociais muito bem definidas. Osa montículos funerários dão testemunho dessa diferenciação social, e embora as práticas funerárias tenham mudado ao longo dos anos, mantiveram-se os sepultamentos em montículos localizados no centro da cidade. Nos principais sítios funerários, desde o Mississípi até Minnesota e desde Oklahoma até o Atlântico, foram encontrados espetaculares objetos adornados com motivos religiosos, tais como conchas marinhas, lâminas de cobre cinzelado, alertas de pedra e tecidos pintados. Estes objetos fornecem o testemunho de uma religião muito difundida conhecida como o culto austral. Pouco se sabe do seu dogma ou rituais, se bem que podem ser identificados em certos traços mexicanos na ênfase dada à morte e à rosa-dos-ventos.
Da mesma forma que outras grandes culturas americanas, as do Mississípi declinaram, até que desapareceram com a chegada do homem europeu, que trouxe com ele doenças epidêmicas, afetando profundamente a população local.
A descoberta da Aldeia Ozette, de mais de 2 mil anos de idade, foi de grande relevância para o melhor conhecimento dos habitantes das terras da América do Norte dos tempos remotos. Assim, a informação obtida sobre os povos indígenas que exploravam as terras férteis e os recursos fluviais e marítimos da Colúmbia Britânica, Washington e Oregon foi aumentada com esta descoberta.
Estas sociedades que remontam aos tempos de Cristo, são famosas pelos produtos artesanais de excelente qualidade, como caixas talhadas, máscaras e portes de vivendas, bem como testeis e cestaria. Sendo a maioria deste objetos fabricados com materiais perecíveis (madeira e cortiça), estas culturas do litoral do noroeste deixaram muito poucos traços de registros arqueológicos, justamente por produzirem com materiais facilmente deterioráveis. dai a relevância da descoberta da aldeia localizada em Washington. Curiosamente foi um fato casual; uma tempestade solapou um aterroem Ozette, provavelmente um desmoronamento que deixou a descoberto vigas de madeira de uma vivenda comunitária enterrada sob um plano inclinado de barro, com mais de 2 metros de espessura. A densidade do barroo tinha
gerado condições especiais, sob as quais as matérias orgânicas não sofreram decomposição, formando uma cápsula de conservação. A descoberta de esqueletos humanos e de um conjunto de moradias equipadas possibilita datar a catástrofe do século XV.
Os antigos habitantes de Ozette foram caçadores de baleias que utilizaram pirogas e canoas de 11 metros de comprimento. Uma presa podia ter carne suficiente para todo o povoado, além do óleo e de enormes ossos para a fabricação de ferramentas. os ursos marinhos, que pesavam até 200 quilos, eram presas menos perigosas; na primavera, quando a rota migratória passava perto do litoral de Ozette, era possível apresar uma dúzia deles. Ademais, caçavam principalmente mamíferos marinhos, tais como lobos, mais fáceis de capturar do que os animais de terra, já que seus esqueletos podiam ser rebocados diretamente para a aldeia, ao invés de serem transportados trabalhosamente por terra. os peixes e os crustáceos eram suas outras fontes de alimentação, especialmente amêijoas e mexilhões. Completava a dieta a carne de veado e similares; provavelmente estes animais eram preparados no local da matança e sua carne levada para a aldeia, razão pela qual são poucos os restos de ossos encontrados.
O bosque fornecia as matérias-primas suficientes para construir vivendas, canoas, ferramentas, vasilhas e testeis. A madeira de cedro vermelho era muito utilizada, sendo cortada em tábuas para depois ser talhada com martelos e cinzéis. Suas ferramentas, de grande qualidade, eram muito afiadas graças á incrustação de dentes de castor.
As casas eram construídas e mobiliadas quase que na sua totalidade com madeira de cedro, que ainda era usada para a confecção de caixas (para armazenamento) e como combustível para cozinhar. Também confeccionavam com lâminas de cedro, abrandadas e curvadas no vapor, recipientes para cozinhar peixe. os arcos para a caça eram feitos com grandes lâminas flexíveis de carvalho e outras árvores; a casca da cerejeira era utilizada para revestir as alças dos recipientes, com a finalidade de segurá-los facilmente. Para a confecção têxtil, usavam os pesos que cobriam as cabeças de certas sementes, a lã de certos cachorros criados para este fim e, fundamentalmente, as cascas de cedro que eram retiradas durante os meses de maio e junto. Devido à sua grande flexibilidade, era cortada em finas fitas e logo tecida em teares adequados para a confecção de mantas e tecidos.
Apesar de Ozette ser apenas um exemplo da organização das sociedades na América do Norte, seu valor é incalculável pelo testemunho arqueológico de suas ruínas, mantidas até hoje.
Foram encontrados templos bem desenvolvidos na América do Norte. A zona do vale médio do Mississípi foi a área onde se desenvolveu uma cultura muito significativa. esta se caracteriza pelos montículos de terra sobre os quais se ergueram importantes construções, agrupadas ao redor de praças retangulares. Grupos periféricos, como as culturas Caddoan, Plaquemine, Apache do Mississípi Sul, Oneaota e Forte Antigo, foram contemporâneos à cultura do Mississípi Médio, desenvolvendo-se da mesma forma devido às condições locais similares. No Vale de Ohio, a cultura do Forte Antigo se caracterizou pela construção de grandes fortificações de terra que evidencia em todo o sudoeste o aumento dos conflitos armados durante esse período.
Cahokia, um montículo (templo do Mississípi, fica ao sul da confluência dos rios Mississípi., Missouri e Ilinóis, estendendo-se sobre um fértil vale de aluvião. O solo arenoso e rico era ideal para agricultores radicados na região,erguendo-se no lugar os primeiros povoados permanentes ao redor do ano 800. A população dessa região pode ter atingido 38 mil habitantes no século XII e XIII. As comunidades que se desenvolveram neste lugar foram lideradas por Cahokia, onde foram erguidos mais de cem montículos de pedra de superfície plana. O montículo Monks é o maior, com mais de 300 metros de altura. Como muitos outros, apresenta restos de estruturas de madeira na extremidade. Por volta de 1.200, em torno de Cahokia foi erguida uma cerca de madeira que delimitava cerca de 120 hectares. Alguns montículos continham sepulturas, que variavam de modelo segundo o nível social. Um montículo pequeno de superfície acanalada continha dois esqueletos de homens importantes, cercados por conjuntos de ossos. também foram encontradas múltiplas sepulturas com numerosos esqueletos femininos e uma cova com quatro homens decapitados e com as mãos amputadas. O montículo Wilson , no oeste de Cahokia, ocultava uma câmara fúnebre de 4,5 por 5,5 metros. No seu interior havia centenas de ossos humanos. as marcas de cortes nos ossos demonstram que os tendões e os ligamentos foram cortados para agrupá-los separadamente. também pode-se observar que a carne aderida foi separada dos ossos, indicando que os esqueletos estavam em distintos estados de decomposição antes de serem enterrados novamente. Só foi encontrado um osso de cachorro no recinto mortuário, e entre os restos dos ossos humanos se encontravam centenas de conchas marinhas espalhadas junto á grandes conhas de caracol marítimo.
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