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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

CANADÁ - SUA HISTÓRIA E SUAS CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS E POPULACIONAIS



             O Canadá é considerado com um país novo, seja pela colonização, muito recente, seja pelo grande desenvolvimento que teve nos últimos decênios. Sua economia, que até poucos anos era baseada apenas na agricultura, conta atualmente, com uma indústria de grandes proporções e de importância mundial.
             A população indígena, que os brancos encontraram em suas explorações pelo interior do Canadá, era constituída de Índios e esquimós. Estes últimos viviam, e vivem ainda hoje, nas costas do Ártico, mas seu número é agora muito limitado e bem inferior ao dos Índios. 
            Uma boa percentagem da superfície canadense é  ainda ocupada por extensas florestas, que vão desde o Labrador, beirando a Baía de Hudson, até à Colômbia Britânica, e alimentam a exportação de madeira e as indústrias igualmente profícuas da celulose, do papel e dos móveis. Os Europeus, desembarcados nas costas da América setentrional, iniciaram logo uma intensa e irracional exploração dos bosques; em seguida, porém, foi posto um limite na destruição das florestas, das quais uma boa parte está hoje incluída nos parques nacionais e, portanto, ao abrigo de qualquer devastação. 
            O Canadá é um dos produtores de trigo, e  o exporta em grande quantidade, dado o pouco consumo interno. Cultiva,ainda, outros cereais como batata, beterrabas para açúcar, tabaco e árvores frutíferas. 
            A criação de gado é riquíssima, sobretudo no Ontário e no Quebec. Todas as províncias oferecem ótimos pastos estivos ao ingente patrimônio zootécnico, constituído de equinos, ovinos e suínos. Com isso se alimenta, também, uma indústria de laticínios bastante adiantada. 
           Em três diferentes zonas é explorada, com ótimos lucros, a pesca: no Atlântico, perto dos bancos da terra Nova, pesca-se o bacalhau; nos Grandes lagos, encontram-se lúcios, sôlhas, trutas, etc.; no Pacífico, sobretudo, salmões. O preparo do peixe, durante os meses de pesca, requer o emprego de grande número de pessoas. Muito desenvolvida também é a caça aos animais de peles finas (raposa prateada, bisão, teixugo, marta, castor), embora já existam inúmeras fazendas de criação artificial que lhe tenham desferido um rude golpe. 
           Imensa é a riqueza minerária do Canadá, que possui riquíssimas jazidas carboníferas. Em constante aumento se acha a produção que alimenta as indústrias siderúrgicas; muito abundante é o petróleo, extraído de numerosas jazidas, dotadas de refinarias e oleodutos, a platina, o rádio, o urânio, o ouro, o chumbo, o zinco, o cobre e muitíssimos outros metais. 
            Importantíssima é a indústria hidrelétrica canadense, que explora os poderosos recursos hídricos de que o País é rico. Outras indústrias em pleno desenvolvimento, além daquelas já citadas, são a têxtil, a metalurgia, e quínica, a automobilística e a de calçados.
           A escassa população é insuficiente para explorar completamente os recursos enormes do território, que constitui, portanto, uma importante meta de imigração e que poderá hospedar, comodamente, um número de habitantes muitas vezes superior ao atual. 
            O Canadá é hoje, politicamente, um dos estados mais importantes do globo. 
          A parte setentrional da América do Norte é ocupada pelo extenso Domínio do Canadá, que cobre uma superfície de quase dez milhões de quilômetros quadrados, com uma população de cerca de 36 milhões. Trata-se, portanto, de uma das menores populações do mundo, considerando sua extensão territorial, segundo maior país. Os recursos econômicos deste país, que figura entre os mais ricos do planeta, são baseados, sobretudo, na riquíssima agricultura, na exploração das florestas de maneira sustentada, na pesca e na indústria mineira. A capital é Otawa, e outras cidades importantes são: Montreal, grande centro industrial; Toronto, rica de indústrias hidrelétricas e importante centro ferroviário; Quebec, situada no estuário do São Lourenço; Vancouver, Winnipeg, Hamilton e Edmonton. Toronto é a maior cidade, e muitos imaginam que é ele a  capital, mas não é. 

              O Canadá, que ocupa parte setentrional do Continente Norte-americano, não é limitado por fronteiras naturais a não ser em breves trechos. Observando a carta geográfica, -que, a oeste, quase toda a fronteira com o Alasca é uma linha reta, que coincide com o 142º meridiano e, ao sul,outra linha reta, seguindo o 49º paralelo, separando-o dos Estados Unidos. Depois, a linha fronteiriça corta as águas  dos Grandes Lagos e, por um breve trecho, segue o curso do São Lourenço, afinal, um andamento irregular até à costa atlântica. 
              Além e aquém dessa fronteira, a paisagem não muda, porque o território canadense, bem como o dos Estados Unidos, tem em comum as três zonas em que se divide o continente, no sentido dos meridianos: do lado do Pacífico, o grande conjunto de cadeias montanhosas; ao centro, a série de savanas,que se estendem, ininterruptamente, desde o Mar Ártico até o Golfo do México; e, do lado oriental, os relevos, de altura modesta, que descem em degraus para o Atlântico. 
             A norte e a nordeste, o Canadá alarga-se com uma costa acidentadíssima, com milhares de ilhas de todos os tamanhos, mas está fechado por mares quase permanentemente gelados; bastante acidentada, também, a costa do Pacífico, atrás da qual, porém, se eleva um poderoso sistema de montanhas, com poucas passagens. Seria, portanto, uma região de difícil acesso, se não tivesse uma porta, e a porta do Canadá é o Golfo de São Lourenço. O vale deste rio, que hoje é a zona mais densamente povoada do País, representou a principal via de penetração para o interior e foi percorrida pelos primeiros exploradores e pelos primeiro pioneiros. 
           João Coboto, com um pequeno navio e dezoito homens de tripulação, atravessou o Atlântico setentrional e desembarcou no Novo Continente, não se sabe ao certo se em terra Nova ou no Labrador meridional, tomando posse dessas terras em nome do Rei da Inglaterra. Nas pegadas de Coboto, numerosos outros navegadores desembarcaram  nas costas do Canadá, e exploraram as margens dos rio e dos lagos. Samuel Champlain, em 1603, subiu o curso de numerosos afluentes do São Lourenço e, em 1608,  fundou a cidade de Quebec.
              O italiano, Cristóvão Colombo, levou para o Novo Mundo os espanhóis, e foi ainda um italiano que, cinco anos depois,para lá conduziu os ingleses. Em 1497, João Caboto que se estabelecera em  Bristol e que, pelos seus concidadãos adotivos, é chamado de John Cabot, alcançou, provavelmente, a Terra Nova e plantou a bandeira inglesa nessas terras. 
             Em 1534, o francês Jacques Cartier, continuando as explorações que o florentino Giovanni de Verazzano realizara na zona, por conta do rei Francisco I, percorreu cuidadosamente as costas de Terra Nova e do Labrador, e, no ano seguinte, subiu de novo o São Lourenço até o ponto onde hoje surge a cidade de Montreal. 
           Entre franceses e ingleses, foi-se, assim, delineando uma rivalidade que teve influência na futura vida política do Canadá e que foi causa de longas lutas,  nas quais tomaram parte as populações indígenas, principalmente as tribos Iroquesas.
           Entre 1602 e 1635, Samaul Champlain   incrementou a colonização francesa, fundando estabelecimentos, colônias, missões, e desenvolvendo rapidamente o comércio. Em 1608, foi fundada a cidade de Quebec. No choque com os interesses Ingleses, os franceses levaram a pior; mas, alguns anos depois, o Cardeal Richelieu deu novo impulso à imigração francesa. Em 1663, Colbert declarou que as terras ocupadas deviam depender do Soberano da França e para lá enviou um governador. Entrementes, os ingleses exploravam os mares árticos, no intuito de descobrir e estabelecer uma via que levasse para a Ásia, a famosa passagem do Noroeste. 
             Henry Hudson, em 1610, entrou na baia que traz seu nome e foi seguido por Button, Baffin e outros audazes navegadores. Os intermináveis territórios do norte eram percorridos por bandos de caçadores e aventureiros ingleses que,armados, desciam para ameaçar as possessões francesas, enquanto, de suas colônias, ao longo do Atlântico, outros ingleses, colonos e pioneiros, embrenhavam-se pelo interior. Molestada por dois lados, a expansão francesa proceguiu,com fortes contrastes, até 1763. Neste ano, a França, após uma sangrenta guerra colonial e marítima, foi obrigada a abandonar seu território, que passou para a soberania inglesa, em seguida ao "Tratado de Paris". Houve ali, alguma tentativa de revolta, porém, bem cedo abandonada. Até esse momento, pelo vocábulo Canadá, designava-se apenas o litoral atlântico. Todo o resto era um espaço em branco nos mapas geográficos da época.  A colonização processou-se, lentamente, para oeste. A cidade de Toronto, no Ontário, surgiu lá por 1790; os primeiros estabelecimentos junto ao Lago Erie foram fundados em 1813. Atraídos também pela miragem do ouro, os primeiros piuoneiros atingiram a vertente do Pacífico, onde, em 1858, formou-se uma nova colônia, a Colônia Britânica. Quando, em 1867, a rainha Vitória da Inglaterra construiu o Dominion do canadá, este era formado pela federação de quatro territórios, onde o incremento europeu era mais antigo, isto é, no Onbtário, na Nova Escócia, no Novo Brunswick e no Quebec, (ou Baixo Canadá, cuja população é ainda, na maior parte, francesa. A esta federação, agregaram-se, mais tarde, o Manitoba, a Colômbia, a Ilha Príncipe Eduardo, a Alberta, o Saskatchewan e os imenso territórios do Noroeste e do Iucon, que até 1869 eram da companhia da Baía de Hudson. 
                 As extensas florestas, que ocupam cerca de 35% da superfície total do Canadá, alimentam a indústria de madeira, da celulose e do papel. Um exploração racional, agora, surgiu depois da desordenada destruição de plantas que, outrora, os europeus acrescentaram às imensas reservas florestais. 
            Em 1919, a Federação do Canadá foi reconhecida como Nação autônoma pela Comunidade Britânica. O chefe de Estado é um governador geral, nomeado pela coroa inglesa, por proposta do primeiro ministro canadense. Em 1950, também Terra Nova passou a fazer parte da Federação. 
       Atualmente, o Canadá possui um território de 9.959.401 km², pouco inferior, portanto ao da Europa, que é de 10.050.000 km². Sua população, porém, é escassíssima, em proporção à superfície, pouco mais de 35 milhões de habitantes. Os indígenas desapareceram quase completamente. Os idiomas são dois: inglês e francês, duas são as religiões: católica e protestante, com número quase igual de fiéis, que tende a diminuir pelo grau de cultura do povo atual. 
         Para o Canadá, a pesca representa uma atividade de suma importância, e é praticada em três zonas diferentes: nas costas banhadas pelo Oceano Pacífico, são pescados sobretudo salmões, e Vancouver é o centro principal de tal pesca; em Terra Nova, no Oceano Atlântico, pontificam a pesca e a indústria de bacalhau; finalmente, na zona dos Grandes Lagos, abundante é a pesca de trutas, lúcios e sôlhas. 
         Embora sua decadência seja visível, comparando-se com o passado, a caça aos animais de pelo precioso, como a raposa prateada, a marta, o castor, o bisão, e a lontra, conserva, ainda hoje, uma certa importância que, contudo, está diminuindo pelos movimentos ecológicos educacionais. A recente instalação e centros de criação artificial, que se estenderam rapidamente por todo o vasto território do Canadá, diminuiu notavelmente essa atividade, que antes era praticadas muita artesanalmente. 
             O novo Brunswick, a Nova escócia e a Ilha do Príncipe Eduardo são definidos como  as províncias marítimas do Canadá; ficam defronte ao Golfo de São Lourenço e seu clima goza da benéfica influência do mar. A região apresenta relevos algo arrendondados, que atingem, em alguns pontos,1200 metros de altura. A península da Nova Escócia prolonga-se na ilha do Príncipe Eduardo, muito plana e de clima suave, terra das raposas prateadas e, na do Cabo Bretão,é rica de carvão. Outras numerosas ilhas pontilham o golfo, que é limitado, a noroeste e a este, pela Terra Nova. esta ilha, quatro vezes e meia o tamanho da Sicília, de costas acidentadas e interior desolado, coberta de tundras e florestas, é pouco habitada; nevoeiros, ventos gelados, pluviosidade, invernos longos e nevosos fazem dela uma permanência pouco agradável. Mas a grande piscosidade das águas adjacentes atrai numerosas flotilhas de pescadores, até dos Estados Unidos e da Europa. Em toda essa zona marítima, os recursos econômicos principais são constituídos pela pesca (especialmente do bacalhau), da exploração extensas das florestas, da fruticultura, das minas de carvão. 
            No decorrer de milênios, os rios cavam as rochas por onde correm, formando profundos abismos, que são denominados cânions. Os rios das Montanhas Rochosas possuem, todos, essa característica; nas margens de seus leitos, erguem-se rochosas paredes, quase todas áridas e escarpadas. 
Baia de Okkak.

          As costas da imensa península do Labrador, que se estende entre o Oceano Atlântico e a Baía de Hudson, são bastante acidentadas e o mar penetra em profundidade entre os montes e submerge os vales, dando origem a numerosos fiordes. A costa ocidental é mais uniforme do que a oriental, e amplas enseadas rompem a monotonia dessa zona. Um exemplo é a Baía de Okkak. 
            No estuário do São Lourenço, surge a velha cidade de Quebec (542 mil habitantes), que dá nome à província mais vasta do Canadá. O rio é navegável, até à cidade de Montreal, também para navios que possuam um calado de dez metros e constitui uma importantíssima artéria comercial, com exceção dos quatro meses invernais, durante os quais o estuário fica gelado. Montreal é a cidade mais populosa do Canadá, pois, co  os subúrbios, conta com mais de um milha e setecentos mil habitantes. É o centro comercial, industrial e financeiro da Nação, possui um dos mais importantes aeroportos do Continente e um porto fluvial muito extenso e modernamente aparelhado.
            Não distante de Montreal, na margem direita do rio Otawa, afluente do São Lourenço, surge a cidade de Otawa ( cerca de 1 milhão de habitantes), capital da Federação. Foi escolhida, para isso, pela sua posição que, no limitado território canadense daquele tempo, resultava ser central. A oeste do rio Otawa, começa o chamado Alto Canadá, ou seja, a província de Ontário, que recebe o nome do primeiro dos lagos que se encontram, subindo o São Lourenço. 
            Os cinco lago - Superior, Huron, Michigan, Erie e ontário - formam um verdadeiro e próprio mar interno, ligado a numerosos lagos menores, de um labirinto de rios e canais que tem uma grande importância para as comunicações. O Lago Superior recebe as águas do rio São Luis e pertence apenas em parte ao Canadá; está ligado ao acidentado Lago Huron, que forma, por sua vez, o Lago Michigan. Este último fica todo no território dos Estados Unidos. O Huron despeja suas águas no Erie e no Ontário, cujo desnível é de cerca de 100 metros. O rio que liga o Erie ao Ontário é o Niágara, que forma as famosas cascatas. À saída do Ontário, o São Lourenço está coalhado por mais de 1500 ilhéus; a paisagem é bastante pitoresca, rica de bosques, de chalés e de lugares para veraneio. 
           Na margem setentrional do Ontário, surge Toronto, capital da província e segunda cidade da Federação, (com cerca de dois milhões e setecentos e trinta mil habitantes) incluindo-se os subúrbios. Seu extraordinário desenvolvimento industrial é favorecido pela ilimitada disponibilidade de energia elétrica produzida pelo Niágara. É o principal tronco ferroviário do Canadá e tem um porto ativíssimo.  Toda a zona meridional da província é densamente habitada; entre os centros mais importantes, notam-se Hamilton e London. Toronto é uma bela cidade, rica de esplêndidos edifícios e de vastíssimos parques, estende-se pelas margens de uma ampla baía do Lago Ontário. Seu nome deriva de palavras indígenas, que significam "lugar de missão", e foi dado à cidade, cuja fundação foi iniciada lá por 1749, pelos franceses, em 1834, quando foi reconstruída depois da guerra de 1812. 
             Os campos são férteis; vastas plantações de milho, trigo, cevada, tabaco e linho se alternam com vinhedos e pomares; a criação de gado é bem desenvolvida; nas águas dos lagos, a peesca é abundante (trutas, sôlhas, lúcios)
             Com o emissário do Ontário, São Lourenço figura entre os rios mais importantes da América setentrional. Realmente, é uma grande via de comunicação e numerosas cidades surgiram às suas margens, embora, durante o período invernal, parte de seu curso permaneça gelado. 
         Depois do Lago Superior, avançando para oeste, começa o que se chama o "Canadá dos pioneiros"; são extensas planícies, intermináveis bosques de coníferas, numerosos lagos e uma rede complicadíssima de curso de água. O clima é continental; cinco meses de gelo e verões falidíssimos. Este território é ocupado por três províncias centrais: Manitoba, Saskatchewan e Alberta. 
            Em redor dos Lagos Winnipeg, Manitoba e Winnipegosis, a província de Manitoba é rica de culturas, de criações de gado, de níquel, de cobre. A capital, Winnipeg, tem cerca de 750 mil habitantes, com os subúrbios. Aqui, nos tempos passados, os compradores de peles concluíam seus lucrativos negócios com o Peles-Vermelhas e defendiam-se da concorrência de maneira muito simples, a tiros de pistola. 
            Desde o século passado até hoje, a população da cidade, que é a quarta da federação, aumentou bastante. 
               Em 1608, os franceses fundaram uma cidade ao fundo do longo estuário do São Lourenço: Quebec. Hoje, ela é um grande centro, com cerca de 543 mil habitantes, rico de industrias, e importante centro ferroviário. O grande porto é muito ativo, mas, durante alguns meses do ano, bancos de gelo bloqueiam todo o tráfego ao longo do rio. 
           Montreal, a cidade mais populosa do Canadá, foi construída na ilha da homônima, banhada pelo  São Francisco e pelo rio Ottawa, encontra-se numa posição de notável importância e, embora em boa parte do ano  o porto seja circundado pelo gelo, seu tráfego é intenso e contínuo. 
             O Saskatchewan recebe o nome do rio que o atravessa e em torno do qual se adensa a escassa população; é rico de trigo e de gado. Também a Alberta possui uma economia prevalentemente agrícola, mas ali abundam, ainda, as jazidas de carvão, de ferro, de petróleo; sua capital é Edmonton, de cerca de 982 mil habitantes, com os subúrbios. Das grandes cidades canadenses, é a mais setentrional; é ativíssima de indústrias e possui um grande aeroporto. Com a Alberta ocidental, começa a zona montanhosa, impérvia e atormentada. 
               As montanhas rochosas são flanqueadas por outras cadeias, com picos muito elevados e vales profundos, e estendem-se planaltos de clima áspero, cobertos de florestas e estepes, até à cadeia Costeira, que, qual uma muralha, desce rapidíssima para o Pacífico. A paisagem muda na fase litorâneo e se torna mais variada ew pitoresca; também o clima melhoras e permite culturas agrícolas. As costas acidentadas lembram os fiordes noruegueses. O território constitui a mais ocidental das províncias canadenses; a Colômbia Britânica,rica de todos os recursos, florestas, pesca marítima e fluvial, (salmão), criação de gado, agricultura, energia hidrelétrica, minas de carvão e de outros minerais. Sua capital é Vitória, situada na Ilha de Vancouver, mas a maior cidade é Vancouver, nas proximidades da fronteira com os Estados Unidos; com os subúrbios, atinge 635 mil habitantes e é um centro comercial de primeira importância. 
             Todas essas províncias, que se alinham da costa atlântica à do Pacífico, possuem uma característica comum: as zonas mais habitadas, as cidades maiores, as áreas maiormente cultivadas e exploradas e as principais vias de comunicação se adensam na parte meridional. Assim, no Quebec, a vida se desenrola nas margens do São Francisco, ao passo que, na parte meridional, se estende a grande Península do Labrador, semi-deserta, fria e selvagem, coberta de tundras e florestas. A população do Ontário concentra-se na zona dos lagos, enquanto a parte setentrional da província, até à baia de Hudson, é quase deserta. O mesmo fenômeno  ocorre nas províncias centrais e na Colômbia Britânica. Podemos, pois, a grosso modo, tomar o paralelo 54º como limite dos grupos humanos; ao norte desta linha, os territórios são de todo despidos de população ou a tem apenas nos centros habitados recentemente, devido á exploração das florestas ou das minas. 
               Mais vazias ainda, tanto que têm uma densidade de pouco mais de um habitante por 100 km², são as terras ao norte do Paralelo ¨60º, que formam os dois territórios da federação denominados Noroeste de Yukon. A capital deste último é Whitehorse, que tem apenas 25 mil habitantes, como uma modestíssima aldeia européia. Os terrenos paludosos, as florestas densíssimas, os relevos montanhosos, ásperos e selvagens, o labirinto dos rios, o clima rigidíssimo, constituem obstáculos muito duros para o povoamento desses territórios. O Mackensie é o rio mais importante, com um comprimento de cerca de 4.000 Km, mas, durante três quartas partes do ano, seu delta acha-se gelado. Mais desolado ainda é o território de Yukon, atravessado, no alto curso, pelo rio homônimo. 
             Defronte das costas setentrionais do continente, estende-se o Arquipélago americano-ártico que, geograficamente, pertence às terras polares e, administrativamente, depende do território canadense do Noroeste. É separado da Groenlândia pelo  Estreito de Davis e pela Baía de Baffin, e é constituído por um numeroso conjunto de ilhas acidentadas, que têm o aspecto, pelo menos as meridionais, assaz semelhantes ao do Canadá setentrional. As vastas pradarias alimentam rebanhos de renas selvagens (caribu) e de bois moscados. Ainda caça-se a raposa prateada, cuja pele é apreciadíssima. O governo instalou ali alguns estabelecimentos permanentes. A zona toda é importante do ponto de vista estratégico. 

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