América para os americanos. Nessa frase pode resumir-se a mensagem enviada ao Congresso norte-americano a 2 de dezembro de 1823. O quinto presidente dos Estados Unidos, James Monroe, definia nessa comunicação os princípios que norteariam a política externa da jovem nação por quase um século.
Embora tenha passado à História com o nome do presidente que a subscreveu, a Doutrina de Monroe foi redigida pelo Secretário de Estado John Quincy Adams. Diversas vezes invocada como justificativa para os movimentos de emancipação dos países latino-americanos, em essência ela dizia: "O continente americano não é um território destinado à colonização européia. Há uma diferença fundamenta de sistema político entre a Europa monárquica da Santa Aliança e a América. Toda tentativa das potências européias para estender sua influência sobre o Novo Continente será encarada pelos Estados Unidos como uma ameaça à sua segurança e à paz".
A referência à Santa Aliança era a explicação para a própria mensagem presidencial. Convém lembrar que a Santa Aliança foi um acordo firmado entre Áustria, Prússia e Rússia, ratificado por todas os monarcas europeus, exceto o rei da Inglaterra e o papa. Entre outras coisas, tal acordo permitia que a Rússia, então de posse do Alasca, pudesse interditar a navegação na costa noroeste do continente americano. Ao mesmo tempo, representava uma ameaça de intervenção das potências européias nas colônias, caso surgissem movimentos de emancipação.
No dia em que nasceu James Monroe - 28 de abril de 1758 - no condado de Westmoreland, a Virgínia era apenas uma das treze colônias que a Inglaterra possuía ao longo da costa atlântica da América do Norte. Filho de um juiz, Monroe cresceu num clima de ansiedade por uma pátria livre. Aosa dezessete anos, trocou seus livros de estudante por um fuzil e, como tenente do II Regimento de Virgínia, lutou nas batalhas de Harlem Heights, White Plains, Trenton, Germantown e Monmouth. Era a Guerra da Independência (1775 - 1783).
Nasciam os estados Unidos da América e surgia um jovem político. James Monroe, com 24 anos, era eleito para a Assembléia de Virgínia, assumindo depois um cargo no secretariano estadual.
Monroe exerceu quase todos os cargos eletivos da nova estrutura republicana. Foi membro do Congresso da Confederação, voltou a ser eleito para a Assembléia de seu Estado, daí saindo para o posto de senador. Foi embaixador na França por três anos e depois, em 1799, elegeu-se governador da Virgínia, deixando o mandato em 1802. Neste ano o presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson, nomeou-o para uma delicada missão diplomática.
Por essa época, o território americano era limitado a oeste pelo rio Mississípi. Da outra margem em diante estendia-se a Louisiana, ex-colônia francesa cedida à Espanha em 1792. Com a devolução da Louisiana à França, em 1800, foi suspenso o direito de utilização do porto de Nova Orleans. Para a jovem nação a medida foi como uma punhalada.
Jefferson optou por uma saída diplomática e confiou a solução do problema a Monroe, que seguiu para a França para negociar em nome de seu Governo. O resultado não poderia ter sido melhor: os estados Unidos compraram a Louisiana, duplicando seu território.
Monroe agora iria para Londres, em nova missão: a Inglaterra, em guerra com a França de Napoleão Bonaparte, exercia rigoroso controle sobre a navegação no Atlântico. E apresava mesmo navios de nações neutras, entre os quais os da marinha mercante norte-americana. Em 1806, o navio inglês Leopard atacou a fragata americana Chesapeake. Fecharam-se as portas para o entendimento diplomático.
James Monroe regressou à pátria e à vida pública. Em 1810 era eleito novamente para a Assembléia de seu Estado; no ano seguinte, era eleito pela segunda vez governador de Virgínia, e, em seguida, o Presidente James Madison o levava para a pasta das relações Exteriores.
As divergências com a Inglaterra haviam degenerado em luta aberta, que ficou conhecida como II Guerra da Independência ou Guerra da Independência Comercial. Os ingleses tomaram Washington a 27 de setembro de 1814 e Monroe foi nomeado pelo Governo americano para Secretário da Guerra. Napoleão fora derrotado, cessando assim as razões da guerra entre os Estados Unidos e a Inglaterra. Em dezembro era assinada a paz, com o Tratado da Gand.
Dois anos depois, James Monroe era eleito quinto presidente dos Estados Unidos. No plano interno, seu trabalho se destacaria pela trégua havida entre os dois partidos políticos dfa época - o federalista, que apoiara os dois primeiros presidentes, George Washington e John Adams, e o democratas-republicano, que elegera os outros três, Thomas Jefferson, James Madison e o próprio Monroe.
Com Monroe, os dois clubes políticos harmonizaram-se e em 1820 o presidente conseguiu a reeleição, faltando apenas um voto para a unanimidade. Seus dois períodos de governo passaram para a história dos estados Unidos como a "Era dos Bons Sentimentos".
Durante sua gestão, outros Estados entraram para a Federação: Mississípi (1817), Illinois (1818), Maine (1820) e Missouri (1821), enquanto a Flórida era adquirida da Espanha (1819). Conseguiu manter o equilíbrio entre os estados que adotavam a escravatura e os que só permitiam a mão de obra livre.
No plano externo, Monroe apoiou os movimentos de libertação de vários países latino-americanos, inspirando-os com sua famosa doutrina. Terminado o segundo mandato, retirou-se para o cargo de reitor da Universidade de Virgínia, voltando à vida pública em 1829, como membro da Convenção convocada para emendar a Constituição. A morte o surpreendeu dois anos depois - na data da comemoração da Declaração da Indfependência, 4 de julho - quando visitava uma filha em Nova York.
A partir da Guerra da Secessão, os Estados Unidos completaram a ocupação de seu território, anexando a região do "Último Oeste", próximas às costas do Pacífico, antes habitada pelos indígenas (1865 a 1890). Os primitivos moradores foram agrupados em reservas do governo, e em seu lugar passaram a viver mineiros, criadores de gado e fazendeiros, principais elementos da colonização dessa área.
As mudanças no destino da guerra evidenciaram a importância das estradas de ferro: a rede de ferrovias no norte era maior, ligando regiões produtoras de alimentos às cidades, enquanto o sistema ferroviário do sul fora projetado para levar bens agrícolas aos portos. A falta de alimentos era comum. Já a economia do norte atendeu às necessidades bélicas sem impingir grandes sacrifícios aos civis. Os dois lados foram afetados por deserções e fadiga. A crescente relutância dos não proprietários de escravos, na maioria sulistas, em apoiar a "escravocracia" foi equiparada à má vontade do norte,após a emancipação de janeiro de 1863, em "combater pelos negros".
Os reais vencedores da guerra foram os negócios do norte, com a ascensão e modernização de uma economia de corporações. A industrialização iniciada cinquenta naos antes da Guerra tomou extraordinário impulso, e de 1865 a 1920 os Estados Unidos tornaram-se a mais poderosa nação industrial do mundo, graças à abundância e diversidade de recursos naturais, reservas de capitais e mão de obra, fomento oficial à imigração e aumento das vias de comunicação. No início do século XX já haviam constituído as grandes empresas industriais, que subsistem até hoje. Formou-se a United States Steel Corporation, que assumiu o monopólio de aço; a Standard Oil já controlava, em 1879, noventa por cento das refinarias norte-americanas; Henry Ford fundou, em 1903, a Ford Motor Company.
Embora muitos dos critérios de modernização, crescimento per capita do produto agrícola e industrial, inovação tecnológica, urbanização, expansão da educação, já existissem antes da guerra, eles eram restritos ao norte. Com sua predominância no Congresso nos anos de guerra, o norte aproveitou para impor seu sistema econômico, por meio das tarifas protecionistas para as manufaturas. O "Homesteade Aet" concretizou a ideologia do solo livre, de uma moeda uniforme e do apoio federal para a construção de ferrovias- medidas contrárias ao sul antes da Guerra da Secessão.
A modernização atingiu também o setor agrícola. Os pequenos proprietários, que não podiam seguir o progresso, mobilizaram-se para reivindicar maior proteção do governo e maior emissão de dinheiro, o que provocaria uma alta no preço de seus produtos, permitindo-lhes resgatar suas hipotecas. Criaram-se organizações de agricultores, das quais a primeira foi a National Grange, fundada no fim do século XIX. Uma série de alianças a seguiu, culminando na formação do Partido Populista, constituído por agricultores que pugnavam por aumento dos preços dos gêneros alimentícios, e, além disso, pela estabilização das ferrovias e telégrafos, pelo voto feminino e pela eleição direta de senadores da República.
Os operários também se organizaram em associações sindicais. E, apesar das inúmeras dificuldades iniciais, duas assumiram caráter nacional. A primeira dos Cavaleiros do Trabalho (Knights of Labour), era favorável à criação de uma só grande organização, de que participassem todos os trabalhadores. A segunda, que obteve mais sucesso, foi a Federação Americana do Trabalho (American Federation of Labour: AFL), fundada por Samuel Gompers em 1881; organizou apenas a mão-de-obra especializada, e estruturou-se desde o início como um poderoso aparelho burocrático.
Nas primeiras décadas de sua história, sob a nova Constituição, os Estados Unidos conheceram um crescimento extraordinário. Em 1790, o país contava 3.900.000 de habitantes, 17m Estados e área total de 2.300.000 Km². Já em 1830, tinha 12.800.000 habitantes, 27 Estados e mais do dobro da superfície. Trinta anos depois, os habitantes eram 31.400.000, 35 Estados e as área era o triplo da primitiva. A partir do desenvolvimento nos mais variados setores econômicos e sociais, definiram-se melhor as forças políticas.
Em 1790, foram organizados os dois partidos nacionais: o Federalista e o Democrata-Republicano (que deu origem ao Partido Democrata, em 1829. Já o Partido Federalista, cujo líder foi Alexandre Hamilton (1753 a 1804) contava com o apoio de pequenos industriais, banqueiros e comerciantes. Sua força maior localizava-se na Nova Inglaterra e áreas litorâneas. Seu objetivo era criar um governo de elite, que restringisse a liberdade de manifestação e de imprensa: auxiliasse os negócios, as finanças e o comércio;protegesse a indústria nascente e fomentasse uma aproximação maior com a Inglaterra.
À medida que o país se expandiu, também suas regiões se tornaram distintas. As diferenças entre o norte e o sul e entre o sistema de trabalho assalariado e escravo eram explosivos nos campos econômico, político e racial. Antes de 1860, mais de 90% da população negra vivia abaixo da linha Mason-Dixon, fazendo da raça um problema regional.
A linha Mason Dixon é o limite de demarcação entre Estados; fqaz parte das fronteiras da Pensilvãnia, Virgínia Ocidental, Delaware e Meryland. Depois de a Pensilvânia ter começado a abolir a escravatura em 1781, a parte oeste desta linha e o rio Ohio tornaram-se a fronteira entre os estados escravagistas e os abolicionistas. Foi traçada entre 1763 e 1767 para resolver um conflito de fronteiras na América do Norte colonial.
Apenas durante a Primeira Guerra Mundial é que muitos negros foram para o norte. Com a expansão da economia, cresceu a desigualdade: ricos e pobres concentravam-se nas cidades e a classe média se mantinha no campo.
As eleições presidenciais refletiam a inter-relação dos padrões étnicos, religiosos, regionais e de classe. A campanha de 1800, quando o republicano Thomas Jefferson ganhou do federalista John Adams, assistiu a colonização entre as elites da Nova Inglaterra, cidadãos holandeses de Nova York e negros emancipados dos Estados centrais contra proprietários rurais batistas do norte, fazendeiros episcopais da Virgínia, imigrantes irlandeses nas cidades e fazendeiros alemães da Pensilvânia. A complexidade desses padrões facilitou a transferência do poder.
Em 1828, o Partido Federalista havia desaparecido. Os partidários de Jefferson dividiram-se em republicanos-nacionalistas, encabeçados por John Quiney Adams, e democratas republicanos, liderados por Andrew Jackson (antecipando o aparecimento dos "whigs" e dos democratas. Jackson era o candidato do homem urbano do norte e do homem do campo do sul; seus adversários, desde 1828, eram mais fortes na área rural da Nova Inglaterra, no antigo noroeste e entre comerciantes e fazendeiros. Os republicanos-nacionais "whigs" tiveram mais apoio entre os unitários, congregacionalistas, presbiterianos e episcopais. Os partidários de Jackson eram mais fortes entre batistas e católicos; metodistas e luteranos estavam divididos.
Em 1860, a questão da escravatura dominava os partidos. O Partido Democrata, que sempre uniram diferentes grupos étnicos e econômicos, dividiu-se em dois, um no sul e outro no norte, que lançaram para presidente John C. Breckinridge e Stephen A. Douglas, respectivamente. Os "whigs" restantes formaram o Partido da União Constitucional, com John Bell como candidato, para tentar unir conservadores das duas regiões. Mas Bell só era popular nos Estados fronteiriços. Os republicanos anti-escravagistas, do norte dos EUA, lançaram Abraham Lincoln, voltado para a contenção da escravatura. Vencendo em todos os municípios da Nova Inglaterra e na maior parte de outros Estados livres (mas só em duas cidades do sul). Lincoln ganhou com apenas 39% do voto popular. Sua eleição precipitou a separação de 11 Estados escravagistas e deflagrou a guerra civil.
Depois da guerra, padrões étnicos, religiosos e regionais dominaram as eleições por uma geração. A nação passou a abrigar um mosaico de religiões destacando-se os católicos, metodistas, batistas e luteranos. Como partido de união, emancipação e reforma, os republicanos ganharam a maior parte dos votos protestantes evangélicos no norte e dos negros no sul, enquanto os democratas tiveram o apoio da maioria dos brancos no sul e de protestantes não-evangélicos no norte. O peso da classe social foi pequeno, mas pode ter havido relação entre classe e partido em alguns Estados do norte, onde grande parte dos operários era imigrante católico.
Na eleição de 1896, questões econômicas venceram padrões étnicos e religiosos. William Jennings Bryan e os democratas, ao defenderem a expansão (embora inflacionária) da cunhagem de prata, ganharam apoio nos Estados do oeste ricos em prata (exceto três), nos Estados agrícolas de Kansas e Nebraska e no sul. Temendo impacto da inflação sobre os salários e atraídos pela rejeição, por McKinley, do tradicional anticatolicismo republicano, operários do norte (católicos ou protestantes) uniram-se aos protestantes de classe média e votaram nos republicanos. O Partido democrata, no poder durante o "Pânico" de 1893, ficou estigmatizado como partido da depressão. As divisões regionais e rurais/urbanas foram marcantes: McKinley venceu em todas as cidades da Nova Inglaterra, apesar da população predominantemente católica; perdeu em apenas um município de Nova York e em dois de Nova Jersey. Foi o único candidato republicano a vencer na cidade de Nova York no século XIX. Por 20 anos, antes de 1896, os dois principais partidos estiveram equilibrados nas eleições nacionais. O sucesso de McKinley ao ganhar votos de imigrantes e da população urbana, mesmo perdendo os dos fazendeiros e dos mineiros do oeste, levou o Partido Republicano a uma visão mais urbana e progressista, garantindo seu domínio até 1930.
O Partido Democrata-Republicano, mais forte no sul, sudoeste e nas fronteiras, era apoiado sobretudo por fazendeiros, agricultores, pequenos comerciantes e classe média em geral. Seu programa era obter a participação de todos os cidadãos na escolha dos representantes do governo; um poder central limitado pela relativa autonomia dos estados; liberdade de palavra e de imprensa; apoio à agricultura e nenhuma concessão especial aos negociantes. Embora defendessem ideais mais democráticos, e apesar da simpatia que muitos de seus adeptos professavam pela Revolução Francesa, os democratas-republicanos, não eram, no conjunto, o setor mais radical da política. Em 1801, seu candidato, Thomas Jefferson, foi eleito presidente.
Em 1812, o país empenhou-se na Segunda Guerra da Independência, também conhecida como Guerra pela Independência Comercial, contra a Inglaterra. A questão envolvia os interesse americanos no Canadá e a ameaça constante dos ingleses aos seus navios mercantes. Ao findas essa nova guerra, em 1815, as condições do país já eram bem diversas. O fortalecimento do princípio de isolacionismo e da não-interferência em problemas externos, adotado desde a Independência, favoreceu o desenvolvimento industrial autônomo. Anteriormente, às vésperas da Independência, Thomas Paine proclamara que o "verdadeiro interesse da América é conservar-se longe das disputas européias". Em 1823, o presidente James Monroe (1758 a 1831) inspirado nessa ideia, formulou a clássica frase de sua doutrina: "A América para os americanos". Exprimia sobretudo o receio de que a Quíntupla Aliança (Áustria, Rússia, Inglaterra, Prússia e e França) tentasse reconstruir os velhos impérios coloniais.
Com a crescente industrialização, as cidades do Norte adquiriram maior importância e passaram a exigir maior participação no poder. O Sul, baluarte da democracia jeffersoniana, perdia terreno no domínio político. Assim, nova forma democrática começou a tomar corpo. E Andrew Jackson, seu líder, foi eleito presidente em 1829. Os democratas jacksonianos consideravam todos os homens iguais, em direitos e privilégios. Defendiam o sufrágio universal masculino, a eleição e rodízio para todos os cargos públicos. Eram favoráveis a um executivo forte, restituíram o poder de veto aos governadores estaduais e aclamaram o presidente da República como verdadeiro representante da vontade do povo. No término do período jacksoniano (1837) a expansão para o oeste tomou novo impulso. Entre 1840 e 1880, as fronteiras acidentais dos estados Unidos chegaram até o Pacífico. Em 1845, o Texas foi anexado, provocando uma guerra com o México. Os Estados Unidos não só obtiveram a vitória, mas também todos os territórios que atualmente constituem o Sudoeste Americano. A descoberta de ouro na Califórnia atraíra grandes massas humanas, que, em curto prazo povoaram a região.; Ao norte a indústria provocava urbanização. Ao Sul, a base da economia continuava sendo o cultivo do algodão por mão escrava. E a mão escrava gerou nova guerra: (Guerra da Secessão (1861 a 1865).
O crescimento econômico dos EUA do século XIX foi o mais rápido da história mundial. No mesmo período em que a indústria se desenvolveu, as cidades americanas transformaram-se em grandes centros não só industriais, mas também culturais. Apenas citando um exemplo, a população de Nova Iorque, em 1870, era de 942.300 habitantes, e em 1890, de 1.555.300. Além disso, na mesma época, 25 milhões de europeus (sobretudo irlandeses, alemães, ingleses, italianos e poloneses - muitos deles judeus) emigraram para os Estados Unidos. Assustada com a torrente de estrangeiros, a opinião pública norte-americana iniciou movimentos de protestos, que resultaram na apresentação de um projeto (lei em 1917), obrigando os recém-chegados a passarem por um teste de alfabetização antes de entrarem no país.
Se com essa lei aqueles velhos americanos acreditavam que iriam deter as grandes correntes migratórias, hoje ficariam frustrados. Nas ruas de uma cidade como Nova Iorque podem ser ouvidos muitos idiomas estrangeiros, além da língua nacional em variados sotaques. Circulam ali os mais diversos tipos humanos, todos forasteiros que um dia partiram de suas terras, atraídos pela pujança da civilização norte-americana, que ajudaram a forjar.
Entre 1825 e 1910, a produção cresceu a uma taxa média anual de 1,6%per capta, enquanto a população , por crescimento natural imigração, dobrou a cada 27 anos. A recuperação após a guerra civil foi rápida. Com a mecanização agrícola acelerada pelos colonos em marcha para o oeste, o uso de fertilizantes e a introdução de espécies vegetais, os EUA se tornaram o maior produtor agrícola mundial.
A ferrovia, porém, foi o elemento mais significativo para o crescimento, baixando custos, abrindo áreas de produção e mercados e unificando um país vasto me desigual. Em 1890, a malha ferroviária dos EUA era maior que todo o sistema europeu. O País beneficiou-se ainda dos recursos naturais, população alfabetizada, revolução organizacional e gerencial, estabilidade política, investimentos estrangeiros e ética empresarial. Entre 1877 e 1892, o produtos industrial triplicou, fazendo dos EUA a maior potência industrial do mundo.
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