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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

PREFÁCIO






Em certa ocasião Einstein disse: " A coisa mais incompreensível do mundo é que ele é compreensível.
               Em 1905, Albert Einstein reformulou o conceito clássico do universo em dois breves trabalhos. Daí por diante, o seu desejo constante foi ordenar  todas as forças da Natureza numa série unificada de equações, Ele nunca completou esse trabalho, mas manteve-se firme em sua fé de que a ordem, e não o caos, governa o universo.
                  Com 16 anos de idade, quando solicitou admissão no Instituto Politécnico Federal da Suíça, em Zurique, foi recusado em virtude de seu conhecimento inadequado de línguas modernas, zoologia e botânica. O instituto foi o local onde começou o aprendizado que ajudariam  formar-lhe a maneira de pensar. Pensar é algo que o mundo moderno está dificultando; todos estão tão ocupados com novas tecnologias, celulares, tabletes, lutas pela sobrevivência e lazeres banais que muitos já nem pensam,  apenas vivem o dia-a-dia numa interminável forma repetitiva.
                   Um dos fatores que deu estabilidade a Albert Einstein foi quando conseguiu trabalho como empregado do registro suíço de patentes, em Berna. E aí, teve urgência em  aprender os conceitos básicos de invenções submetidas para patentes. Isso lhe deu a oportunidade de aprender as principais consequências teóricas de experiências científicas. 
                 Como funcionário de repartição, tinha tempo suficiente para dedicar ao seu maior lazer: pensar. Um biógrafo escreveu: "Seu trabalho era para ele uma espécie de recreação da sua investigação teórica abstrata, assim como o xadrez e as histórias de  detetives servem para descanso de outros cientistas". 
                  De acordo com a equação de Einstein, a famosa E=mc². Trata-se da quantidade total de Energia (E) encerrada numa massa (m) que é igual a (m) multiplicado pelo quadrado da velocidade da luz (c).  (sobre a velocidade da luz, ponto relevante desta equação, irei tratar num capítulo especial). Na equação E= mc², E é o número de ergs, se m for expresso em gramas e c for expresso em centímetros por segundo. Por exemplo: uma grama de qualquer substância, se totalmente convertido em energia (tomando-se a velocidade da luz no seu valor redondo de 0 bilhões de centímetros por segundo). O resultado seria E = 1 x 30.000.000.000 x 30.000.000.000 ergs ou 900 bilhões de ergs, equivalente a 25 milhões de kwh.
                 É muito difícil contar de forma resumida a História Universal e especialmente a epopeia do Homo Sapiens que alterou e vem alterando a natureza criada pelo Sol, filho do Big Bang. A História Universal não é apenas uma coleção de vidas de personagens como os biógrafos costumam fazer. Ela  só é possível dentro de uma interpretação e valorização de vários fatores que moldaram esse mundo maravilhoso em que vivemos. Dar um sentido a tudo o que já aconteceu à humanidade é uma árdua tarefa a quem se esforça para explicá-la. Por tudo isso, nem mesmo uma coleção de mais de cem volumes conseguiria atingir tal objetivo. 
                    Vivemos uma época onde predominam obras de tão desastrosas consequências para o nosso meio, principalmente o cultural, que é importante iniciar uma reação sadia que possa contribuir para um ressurgimento moral e cultural. O principal objetivo é colocar diante do leigo as mais diversas informações que moldaram a humanidade que possam ser facilmente compreendidas, e assim contribuir para que as novas gerações, entendendo o passado do Homo Sapiens, unam esforços no sentido de melhorar e até salvar a humanidade de uma catástrofe que se mostra possível em curto espaço de tempo pelo descaso com a natureza.
                Foi por volta de 50.000 a.C., início do período "Paleolítico Superior", que o homem assumiu sua forma atual, a de Homo sapiens". Desde então, por muito tempo, a natureza foi o único recurso para sua sobrevivência. Vivia como os animais: recolhia alimentos aqui e ali, improvisadamente, ignorando sua maior virtude, a da multiplicação pelo cultivo. 
                  Não teve consciência, tampouco, de que era prejudicial abater indiscriminadamente os animais para comer. Mantendo-os vivos, teria uma fonte quase inesgotável de alimentos, como o leite, e de vestimenta como a lã. 
                   Por seu desconhecimento, viveu em nomadismo: esgotados os produtos da terra ou de animais de determinada região, rumava para outras terras e mananciais. As sociedades desse tempo se organizavam em função da economia de coleta e caça, inclusive no tocante ao desempenho de funções, pois  já então se delineava, embora ainda confusamente, uma rudimentar divisão de trabalho. Já havia especificação de serviços pela diferença de sexo; os homens caçavam, as mulheres se incumbiam de procurar raízes, ervas e frutas. 
                     A trajetória do Homo Sapiens é um conjunto de pré-história, antropologia, arqueologia ou biologia, sociologia geopolítica, guerras, conquistas marítimas, psicologia ou morfologia da cultura humana. Tudo o que aconteceu está debaixo desses umbrais como sendo os responsáveis pelos acontecimentos que submetidos  isoladamente adquiriram grande valor histórico. Cada nova geração é responsável pela formação dessa História Universal.
                 Podemos imaginar que o homem quando aprendeu a se comunicar e passou de curtas frases guturais à construção de uma linguagem, logo começou a contar histórias e suas aventuras. Podemos visualizá-lo, ao redor de uma fogueira, junto com seus contemporâneos semi-vestidos a relatar uns aos outros as experiências das últimas caçadas. Sua transmissão de informações de pais para filhos reforçava os sentimentos de solidariedade entre o grupo. Embora misturada à lenda, ali ele estava iniciando a História Universal. 
               A civilização não morre, emigra; muda de vestuário e habitat, mas persiste. A decadência duma civilização, como a de um indivíduo, abre espaço para o surto de outra; a vida deixa cair a velha pele  e surpreende a morte com uma nova mocidade. A civilização sempre está viva; move-se em todo sopro intelectual que respiramos; de tal modo está viva que nenhum de nós seria capaz de absorvê-la inteira nem mesmo no espaço de uma existência. Pela história conhecemo-lhe os defeitos, as guerras insanas e impiedosas, a estagnante escravidão, a sujeição da mulher, a falta de freio  e ética moral, o corrupto individualismo, o trágico fracasso na união da liberdade à ordem e à paz. Mas os que amam a liberdade, a razão e a beleza, não se deterão diante dessas máculas. Dentro do tumulto da história, ainda ouvimos as vozes de Sólon e Sócrates, de Platão e Eurípedes, de Fídias e Praxíteles (escultor grego), de  Epicuro e Arquimedes. Agradecemos a existência desses homens e sempre sentiremos seu convívio através dos séculos. 
               Hoje, ela significa a reconstrução da vida das sociedades, em suas formas organizativas e culturais, o que exige métodos especiais de trabalho e muita pesquisa. As sociedades vivem sua própria História. 
          Sempre se procurou encontrar uma divisão significativa de épocas para, assim, estabelecer a ordem no caos das tradições e acontecimentos. As guerras, as religiões e as chamadas conquistas civilizatórias, cada dia mais colocam a humanidade e outros seres que aqui convivem em risco de extinção.
                     O Universo  - o mundo - não significa esse cosmos das ciências naturais dentro do qual a terra é apenas um pequeno astro independente, e dentro do qual os destinos da humanidade; o Homo Sapiens representa só uma parte insignificante de uma imensa série de acontecimentos absolutamente ultra pessoais. Portanto, cada ser é um micro-cosmos que está intimamente ligado a tudo o que acontece. 
                   Neste livro, procuro, da forma mais resumida possível, trazer ao leitor o básico para entender um pouco deste imenso universo, nossa casa, partindo do tempo anterior ao BIG BANG. É, portanto, com o surgimento do sol, quando se inicia a  vida unicelular, e consequentemente a Epopeia do Homo Sapiens até nossos dias. 
                    Alguns poderão não entender as razões que me levaram a iniciar esta história com explicações sobre a astronomia, mas não há como negar que somos apenas poeira das estrelas
Nicéas Romeo Zanchett 

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